Como substituir a correia dentada do motor 1.8 (F3N e F3P)

Diante da importância de tal item na manutenção do carro, desenvolvemos esse artigo. Este artigo se aplica exclusivamente aos motores 1.8 (F3N e F3P). A correia dentada de distribuição é um elemento vital para o motor.

É a que sincroniza o abrir e fechar das válvulas no momento exato. É óbvio que sem a correia o motor não funcionará, pode haver rompimentos das válvulas (com sorte), e com má sorte, se rompem os pistões, bielas, etc… Isto se deve a fato que, dentro da câmara de combustão, pistões e válvulas compartilham um mesmo espaço, pelo que não devem se encontrar jamais. A correia de distribuição também comanda a bomba de água, responsável pela circulação do sistema de arrefecimento.

Deve substituir a correia dentada de distribuição a cada 60.000 Km segundo a guia de manutenção preventiva da Renault, mas é recomendável numa manutenção preventiva trocá-la a cada 50.000 Km, não se perde nada e se tem maior tranqüilidade.

A correia de acessórios não possui um intervalo de mudança definida, o recomendado é sempre verificar o estado da mesma e se for trocar a correia dentada de distribuição, trocar junto a correia de acessórios, isso é o que é recomendado e mesmo assim existem pessoas que não trocam nenhum ou não respeitam a kilometragem recomendadas pelos fabricantes.

Também pode ser necessário substituir algum tensor da correia dentada de distribuição, por segurança esses tensores deveriam ser trocados a cada 100.000 Km, ou seja, cada duas mudanças de correia, mas pode ser necessário os substituir antes já que se acostuma a comercializar materiais péssima qualidade, por isso a utilização de peças originais ou de fabricantes de marcas consagradas para evitar esse transtorno. Mais adiante iremos falar mais de tensores.

Materiais Necessários:

  • Correia dentada de distribuição: (R$40,00 valor médio na Importadora RR Parts);

  • Tensores: A correia de distribuição leva dois tensores, um fixo e um móvel. Os valores sugeridos estão entre R$45,00 e R$60,00. O recomendado é comprar tensores fabricados com rolamentos SKF, que são duráveis e confiáveis ou outro de boa qualidade;
  • Correia de acessórios: (R$35,00 valor médio na Importadora RR Parts). Não é tão importante a marca desta correia, uma boa marca é DAYCO, que é fabricada na Argentina sob normas de qualidade ISO9001. Recordem aclarar o modelo e equipamento de seu veículo, já que o tamanho de correia varia se o auto possui ar acondicionado ou direção hidráulica.

  • Chaves tipo tubo em várias medidas:10mm, 13mm, 16mm, 18mm e 19mm;
  • Chave ponta Torx-20;
  • Chave de fenda bem grande;
  • Um suporte para sustentar o veículo;
  • Muitos trapos e;
  • Algum desengraxante ou limpa motores.

Chega de papo e vamos começar! Abram o capô (isso é fácil).

Aí já têm à vista a correia de acessórios que fica presa ao alternador e compressor do ar condicionado.

Para retirá-lo afrouxem o parafuso de 16mm que sustenta um extremo do alternador, e depois o outro de 13mm. Agora com uma chave de 10mm vão afrouxando o parafuso longo que é o que em realidade tensa a correia. Não entenderam? Quando forem trocar e olharem pessoalmente todo o sistema vão entender, é fácil.

Uma vez que a correia afrouxou, devemos retira-la por completo.

A correia dentada de distribuição não se encontra à vista, há uma capa que a protege dentro de um cárter para evitar que a estrague devido ao contato com terra, pedras, óleos, graxas ou combustíveis. Primeiro tiraremos a tampa superior da proteção.

São quatro parafusos com cabeça de 10mm, e seu acesso é bastante apertado, necessitando de uma chave pequena e uma certa paciência.

Aí está, sem a capa de proteção, onde podemos enxergar a polia da árvore e o tensor móvel.

A partir dessa etapa começa a ficar um pouco mais complicado é preciso força de vontade e ânimo em continuar. Se o seu propósito era apenas verificar o estado da correia nessa etapa já dá para avaliar, mas como esse artigo é sobre a troca iremos continuar.

Levante o veículo do lado esquerdo e retirem a roda. Como digo sempre, não confiem no no macaco, coloquem um suporte para sustentar o veículo. Depois, retirem a proteção de plástico, conhecido por “parabarro dianteiro”, esta proteção esta presa por um par de parafusos cabeça Torx-20 e com outro de 10mm à carrocería do veículo.

Antes de afrouxar qualquer coisa, devemos colocar o motor em sua posição de Ponto Morto Superior (PMS), mais conhecido como “ponto morto”. Tomem a chave de 19mm e comecem a girar o motor em sentido horário (esse é o sentido de giro do motor, o recordem, sentido horário da esquerda para direita). Quanto girar? Até que as marcas que possui a polia da árvore e a marca que tem o cárter que está presa esta polia se alinhem. Para entender melhor olhem a foto:

As marcas geralmente não vêm pintadas, somente se vê uma marca, se não estiver enxergando as marcas, use um produto de limpeza para deixar a área mais nítida, já que é importante as ter bem à vista em todo momento.

Já conseguida a posição de PMS, devemos recorrer à ajuda de outra pessoa, porque para afrouxar e para isso devemos bloquear o motor, caso contrário este giraria. Existem vários métodos:

  • Um é colocar a chave de 19mm na engrenagem e a fazer travar na carroceria do carro, logo lhe dar um toque na partida do veículo, com isso fica afrouxado. Este método parece-me perigoso para principiantes.;
  • O outro é engatar o carro em 4ª marcha, pedir a alguém que mantenha o freio pressionado a fundo, e começar a afrouxar a mão com a chave. Acredito que mesmo com o freio pressionado e estando em 4ª marcha o motor se move um pouco.
  • O mais recomendável é colocar uma chave de fenda bem grande na roda dentada, desta forma o motor fica travado firmemente. Olhem a foto para entender melhor.

Pedir a alguém que sustente a chave em dita posição e afrouxe a engrenagem.

Uma vez que se afrouxa (isso pode levar muito tempo e esforço), a polia cai diretamente.

Pronto, pode ficar mais tranquilo, daqui em diante o trabalho ficará mais fácil!

Devem tirar a tampa plástica inferior que ainda cobre duas polias e o tensor fixo. São 3 parafusos de 10mm, mas se os anteriores estavam um pouco inacessíveis, estes estão ainda pior! Igualmente podem-se retirar, com um pouco de paciência vão chegar à situação que aqui podem ver na foto:

Mas adiante falaremos sobre o que se deve fazer se a quantidade de gordura e óleo é abundante.

Mas por agora procederemos a tirar a correia dentada de distribuição. Antes de afrouxar o tensor móvel, comprovar que o motor siga estando em sua posição de “ponto morto”. Caso não esteja, precisa corrigir essa posição.

Afrouxar o tensor, este preso por uma porca de 16mm. Tirar a porca e depois o tensor.

Sendo assim, a correia se afrouxa e sai muito facilmente.

Falemos um pouco dos tensores… Estes costumam apresentar dois sintomas devido a uma mesma causa; que façam ruído quando o motor esta frio, ou que se travem e cortem a correia.

Ambos problemas se devem a sujeira que penetram em seu interior, deteriorando a lubricación interna. Para saber se um tensor esta bem, façam-no girar com a mão. Se é impossível movê-lo, esta travado, atirem-no. Se gira facilmente mas em seu interior sente-se ruído, como se fossem grãos de areai raspando, troque-os também. O movimento do tensor deve ser suave e sem ruídos, não deve girar muito facilmente, isto é, deve ter pouca inércia.

Se a quantidade de gordura pela zona onde deve estar a correia é abundante, se deve proceder a uma limpeza, já que o óleo, graxa e combustíveis diminuem consideravelmente a vida da correia. Podem fazer a limpeza utilizando limpa motores ou algum outro desengraxante poderoso. Seria mais que interessante também conhecer a causa, do porquê de tanta gordura nessa zona, possivelmente se deva a alguma junta (de tampa de válvulas ou do cárter) ou retentor que não esta cumprindo sua função.

Se pensam em trocar o tensor fixo, façam-no agora, já que deve estar colocado quando colocaremos a nova correia. Diferentemente do móvel, o qual se coloca depois de passar a correia. Procederemos agora a colocar a nova correia.

Como sempre, verificamos que a polia da árvore siga em sua posição de “ponto morto”. Existe uma forma de conferir. Segue a foto:

Que a marca que esta na tampa de plástico seja bastante larga, indica que existe certa tolerância para o ponto da distribuição, assim que se assegurem de que ambas marcas coincidem. Em caso que não o façam, devem girar o motor lentamente empurrando a coroa dentada. Vai ver que se move muito facilmente.

Agora vem a outra parte complicada, colocar a nova correia. Comecem a calçá-la através de todo seu percurso, observando que as marcas das polias se mantenham em seu lugar.

MUITO IMPORTANTE: Se observarem a correia, verão que tem desenhadas umas setas que indicam o sentido de giro que deve ter. Como disse antes, o motor gira em sentido horário, e essas setas deverão acompanhar este sentido horário.

Colocar a correia com a mão, ou seja, pressioná-la na zona onde deveria ir o tensor móvel, por que? Porque seguramente alguma das polias vai sair do ponto, então devemos tirar a correia e acomodar a polia que se moveu. Repetir este passo até que fique tudo como recomendado nos passos anteriores aqui citados.

Fazer alavanca para dentro com a chave de fenda, de maneira de esticar a correia. Uma vez que se sente esticada, fixar o tensor ajustando seu porca, tal qual é ilustrado na foto abaixo:

Tensão da correia: Para saber se demos-lhe uma tensão adequada, façam como vêem na foto: girem a correia sobre si mesma em seu trecho mas longo. Deveria girar um ângulo de 90º. Se gira mais é porque demos-lhe pouca tensão, se gira menos é porque demos-lhe demasiada. Veja a foto abaixo:

Se damos-lhe demasiada tensão, ao pôr o motor em marcha vamos ouvir um notório ruído que se faz mais notável às 3.000 RPM. Se ouvirem esse ruído estranho, procedam a afrouxar um pouco a correia.

Se demos-lhe pouca tensão, ao acelerar e desacelerar o motor vamos ouvir ela vibrar. Isso indica que esta frouxa, assim é necessário ajustarmos um pouco.

A fase final, verificar que tenha ficado bem feito o ponto da distribuição. Com a chave de 18mm, faça girar o motor através da polia da árvore. Deve-se girar o motor em sentido horário.

Dar-lhe duas voltas completas e verificar as marcas, conferir se estejam dentro da tolerância indicada. Se não estiver certo, refazer o ajuste.

Colocar a tampa plástica inferior. Devemos bloquear o motor novamente para ajustar a polia.

Pedir a alguém que sustente a chave de fenda bloqueando o giro do motor, e com toda a força do mundo, ajustar a fixação do parafuso. Se não ficar bem ajustado, a polia vai patinar. Notaremos isso porque vai acender a luz da bateria devido que o alternador não estará girando.

Falta agora colocar a correia de acessórios. É um pouco mais fácil que a correia dentada do motor. Passem a correia de acessórios por todo seu percurso, tal como vêem na foto:

Ajustar a correia de acessórios no alternador pode custar um pouco, devido que a correia nova não está muito esticada ainda. Se não entra por nada, afrouxe o parafuso que sustenta o alternador e aí se deveria entrar facilmente. Uma vez que entro, voltem a colocar o parafuso. Não o ajustem ainda.

Por meio do parafuso longo de 10mm, comecem a esticar e ajustar a correia. Uma vez tensa, ajustem o parafuso de 16mm e depois o de 13mm.

Faça igual a correia dentada de distribuição, a forma de saber se está tensa é fazendo um giro de 90º em seu trajeto mais longo. Se girar mais de 90º está frouxa, se gira menos, demos-lhe demasiada tensão.

Se demos-lhe demasiada tensão, ao usar o veículo vamos notar que está mais “pesado”, ou seja, que responde menos. Neste caso devemos proceder aliviando a tensão da correia.

Se demos-lhe pouca tensão, ao acelerar, utilizar o ar condicionado, a direção e etc., ouviremos um “grito” da correia que indica que está patinando. Se a correia patinar mas tivermos a certeza absoluta de ter-lhe dado a tensão adequada, deve-se verificar as polias ou a mesma correia se não se encontra enroscada, ou prendendo em algum ponto ou até mesmo danificada.

Para finalizar, devemos colocar a roda dianteira novamente e sair e dar umas voltas, verificando que a correia não patine e que não se escutem ruídos estranhos.

Atenção: se notarem o motor estranho, deve-se verificar se a correia de distribuição ficou bem colocada e esteja no ponto.

Se tudo ocorrer bem, pronto, trabalho terminado!!! Caso queira confirmar, só peça para seu mecânico de confiança com o uso de uma aparelhagem adequada para verificar o ponto. Mas isso é opcional, se tudo for feito da forma recomendada não é necessário.

Esperamos que tenham gostado, qualquer dúvida ou dificuldade de compreensão do artigo, procure seu mecânico ou qualquer empresa especializada para tal reparo.


Como Ajustar a Altura da Suspensão Traseira

Ajustar a altura da suspensão traseira nos Renault é muito fácil. O sistema do R19 é composto de 2 barras de torção que fazem o papel das molas helicoidais.

Essas barras podem e devem ser removidas para o ajuste de altura. Caso for utilizar gás G.N.V em seu veículo é importante ajustar mais alto para compensar a perda de altura pelo peso do cilindro. Se o veículo foi rebaixado, podemos levantar a posição original.

Este tutorial se aplica a todos os Renault 19 que o sistema seja composto de “2 barras de torção”. Não serve para os modelos que utilizam 4 barras.

O primeiro passo é se fabricar a ferramenta para extrair as barras. Para isso precisamos sair e comprar os seguintes itens:

  •  Vareta com rosca de 10cm; porca;
  • Uma porca;
  • Duas arruelas bem grandes;
  • Um pedaço de tubo de diâmetro 40mm aproximadamente.

 Montem a ferramenta como vêem na foto:

Podemos utilizar uma ponta hexagonal de 30mm, a que se utiliza para tirar a porca central das rodas.

Comecemos levantando a traseira do veículo, de ambos os lados e colocando os suportes por baixo. Tirem as tampas de plástico que protegem as barras, como mostra a figura abaixo:

Utilizar bastante WD-40 para afrouxar um pouco.

Agora devem medir. Podem medir entre a lataria e o centro da roda:

Na foto a altura foi de 42cm.

Enrosquen a ferramenta no centro da barra. Se quiserem podem fazer uma marca à vareta rosqueada para poder medir o quanto foi rosqueado e realizar o mesmo procedimento na outra barra.

 

Antes de começar a extrair a barra, caso ainda não tenha colocado o suporte, faça agora por questões de segurança e levantem-no apenas uns milímetros, para que quando retirarem a barra o braço se mantenha em seu lugar. Fazendo isto, a barra irá sair facilmente.

 

Agora ajuste a porca até extrair a barra.

 

Se têm bastante espaço, recomendo-lhes que retirem as barras por completo, limpem o ferrugem se houver e depois lubrifiquem com graxa. Desta forma, a próxima vez que forem mexer e reajustar a altura vai ser mais fácil.

Já estamos prontos para lhe dar a nova altura. Lamentavelmente o sistema não é muito preciso…. assim o melhor a ser feito é ir medindo e contando catraca por catraca. Aproximadamente cada catraca representa 3cm de variação quando o veículo esta apoiado no chão e 1cm se estiver com as rodas penduradas.

Se quiserem levantar a parte traseira porque colocarão G.N.V, comecem a baixar o o sistema muito lentamente. À medida que vão baixando, vão colocando a barra. Vão sentir como que golpeia e não calça. Sigam assim, baixando e tratando de que a barra entre. Vai chegar um ponto em que a barra entra perfeitamente. Se querem baixar a altura traseira, têm que fazer o mesmo mas ao invés de baixar o sistema deverão levantá-lo.

Uma vez que a barra entrou, terminem da colocar com um martelo de borracha ou um martelo tradicional. Meça agora a que altura ficou, a partir da lataria ao centro da roda. Por exemplo, originalmente media 42cm, e depois de baixar uma catraca passou a 41cm. Quando apoiar o veículo no chão novamente, esse centímetro de diferença se multiplicará por 3 (três).

Repitam a mesma operação do outro lado. O ideal é que a altura fique idêntica de ambos os lados. Se não ocorrer, é preferível que fique mais alto o lado esquerdo (lado do condutor). Se a diferença for maior do que 1cm, as barras não estão colocadas de forma adequadas e casual, assim sendo, teremos que retirar uma das barras para corrigir a diferença.

Isso é tudo, desçam o veículo ao chão, coloquem as tampas de plástico nas barras e saiam com o veículo a rua para provar. Se não gostarem da altura, agora o trabalho de retirar as barras será muito mas fácil graças a lubrificação efetuada no meio da operação.

Como trocar o silencioso do escapamento

Aqui vão aprender a mudar o silencioso traseiro. Ele é responsável em maior parte de atenuar o som do escape, é por isso que quando se rompe, se fure ou fique mau fixado, o barulho é ruim de se ouvir dentro e fora do veículo.

Ferramentas necessárias:

  • O novo silencioso (pode ser um modelo esportivo também. O valor da peça colocada em geral custa uns R$150,00, se quiser realizar esse tutorial, procure em várias empresas especializadas e auto peças o melhor preço. Existem várias marcas: Mastra, Sicap, Kadron, Wiest, e etc);
  • Chave 13mm;
  • Suporte de apoio;
  • WD-40.

Para começar, devemos levantar a traseira do veículo, do lado esquerdo e retirar a roda. Isso facilita muito todo o trabalho. É necessário deitar debaixo do veículo, por isso não confie apenas no macaco, procure utilizar suportes de apoio.

Primeiro devemos separar o silencioso do resto do sistema de escape, para isso utilizaremos previamente o WD-40 para desengripar as duas porcas de 13mm, que seguramente devem estar duras de retirar. Depois de esperar um pouco, começar afrouxando as porcas utilizando a chave de 13mm e retirar a abraçadeira, como segue na figura abaixo:

Devemos usar uma chave de fenda ou alguma ferramenta que sirva para retirar as borrachas que prendem a peça na corroceria. Agora, pela traseira do veículo, devemos puxar o silencioso. Uma vês que o usamos o WD-40, a tendência que saia fácil, se for necessário use um martelo ou um pedaço médio e grosso de madeira e dê leves golpes no mesmo do meio do veículo pra fora afim de retira-lo.

Agora devemos colocar o novo silencioso, tomando cuidado para que o cano do mesmo não fique batendo em nada. Costuma bater de leve quando colocado de forma errada na barra de torção do veículo. Devemos deixar o cano do silencioso o mais afastado possível para que não exista atrito entre os materiais o que geraria um ruído horrível.

Uma dica é utilizar uma madeira ou algo que sirva para manter separado o mais afastado possível o cano do silencioso da barra de torção. Depois deve-se realizar o ajuste final e retirar a madeira. Deve haver um espaço considerável entre o cano e a barra, para que não venha comprometer o resultado. Se for preciso reaperte-o.

Assim concluímos o trabalho de forma simples e o resultado é espetacular!

Como trocar cabo da embreagem

Este tutorial é muito útil, já que o cabo da embreagem é algo simples de se trocar, e quando estoura sempre é preciso de um guincho quando não sabemos corrigir o erro.

Materiais Necessários:

  • Cabo de Embreagem: O cabo compre o original, é mais recomendável. Não terá maiores problemas. Segundo o manual de serviços, o cabo é o mesmo para todos os modelos de R19 (77 00 834 725).

  • Suportes do cabo de embreagem: O cabo vai enganchado no berço do motor por dois suportes de plástico, geralmente rompem-se ou perdem-se, assim que se não os têm, comprem um par que são baratos e asseguram que o cabo não fique solto.

  • 3 metros de fio (grosso) ou barbante resistente;

  • Chave de fenda e pinça podem ser úteis.

Abram o capô e soltem o cabo como segue na foto abaixo:

Agora tirem a tampa inferior da coluna de direção (são 3 parafusos T-20). Tirem também os dutos de ventilação, esses que estão cobertos com borracha espuma. É meio complicado retira-los completamente, mas ainda que faça separem-nos na união que têm e os façam a um lado, isso já dá muita mas visibilidade.

Aí fica bem visível o cabo.

Com auxilia de uma pinça de pontas ou alicate de bico, puxem o cabo da embreagem e liberem-no.

Amarrem o fio à ponta do cabo. Desde o lado do motor, comecem a puxar o cabo para extraí-lo. À medida que vão puxando vão encontrar-se com obstruções, a primeira é um anel de passagem que tem o cabo. Sigam puxando, a segunda possível obstrução: é um clip de plástico que trava o cabo à base do pedal. Têm que soltá-lo desde o lado do motor, assim que colocar o braço até o fundo e o procurem. Movendo-o um pouco de lado a lado e girando teria que sair. É um pouco chato retira-lo mesmo, tenha paciência e ele sairá!

Aí está, o cabo saiu completo !

Peguem a ponta do cabo novo e comecem a recolocá-lo. Do lado do motor, apóiem o cabo em e depois encaixe-o.

Depois de tudo feito, pisem no pedal de embreagem várias vezes, ouvirão ruídos como “ccclink”, “traccc”, “kkkkkrrrrr”, “cliccc”… Depois disso acomode o sistema de regulagem automática. Saia e dê umas voltas. É importante que o mecanismo auto regulável esteja em bom estado, já que os dentes são de plástico e poderiam estar desgastados ou rompidos.

Como trocar os Amortecedores Traseiros

Esse artigo é para que façam a troca dos amortecedores traseiros vocês mesmos, não é nada impossível, e geralmente não é necessário sequer levantar o veículo.

Primeiro teríamos que falar quando trocar os amortecedores: existe um truque de forçar o veículo com as mãos para baixo, e ver se o mesmo desce e rapidamente se estabiliza. Se o veículo descer e subir seguidas vezes é sinal de amortecedor já vencido, necessitando a troca.

Caso queira uma avaliação mais concreta, existem centros de avaliação, onde o veículo passar por vários testes em máquinas computadorizadas para medir o desgaste.

Vamos falar agora de marcas de amortecedores. Por começar, nunca tente você mesmo remanufatura-lo, ou recuperá-lo. Ainda existem mecânicos e proprietários que arriscam usar peças remanufaturadas. Nós do R19Club.com recomendamos sempre utilizar peças novas por questões de segurança. Lembre-se sempre novos, e os velhos faça virar sucata para que não caia nas mãos de profissionais “picaretas” no mercado de remanufatura.

Voltando as marcas, existem várias. Podemos citar: Sachs, Corven, Nakata, Sadar, Cofap, Monroe Fric-Rot, etc. Na Importadora RR Parts os amortecedores e outros itens complementares para modelos RN 1.6 e RT 1.8 8v são encontrados pelos valores sugeridos de:

Amortecedores “Dianteiros” R$ 105,00 pç – Original Renault

Amortecedores “Traseiros” R$ 180,00 pç – Original Renault

Molas R$ 88,00 pç

Batente R$ 66,00

Rolamento R$ 18,00

Vale lembrar que para modelos 16S ou 16V, é mais complicado encontrar os amortecedores dianteiros podendo varia o preço entre R$300,00 a R$400,00 cada nas concessionárias Renault. Isso quando se encontra. Vale ressaltar que os amortecedores e molas do modelo R18 16S ou 16V são diferenciados e precisa ter muita cautela na compra e respeitar os códigos das peças.

Tudo depende da forma como se compra. Por exemplo, é questão de cotação, porque os preços variam de um fornecedor para o outro, e de acordo a “cara do comprador” ou melhor dizendo, com a sabedoria em comprar uma determinada peça, tudo pode ser diferente.

Vamos ilustrar para melhor compreensão. Um cliente chega numa loja de peças ou uma empresa especializada em amortecedores e diz:

Olá, quero amortecedores traseiros para meu R19 RT “Full Francês original”, com Air-Bag, ABS, freios a disco nas 4 rodas, etc… vocês possuem?

Os AMORTECEDORES TRASEIROS SÃO IGUAIS PARA TODOS OS RENAULT 19. Ou seja, peça amortecedores para R19 unicamente.

Vale lembrar que o R19 com G.N.V (gás natural) é preciso amortecedores traseiros reforçados e uma regulagem na barra para o veículo não ficar muito caído de traseira e comprometer toda a estabilidade do veículo.

Que marca se comprar? Tudo depende do gosto e da utilidade do veículo. Procure estabelecer critérios como: segurança, conforto, estabilidade, custo de aquisição do amortecedor, vida útil da peça, garantias do fabricante e faça sua escolha.

Materiais Necessários:

  • Jogo de amortecedores novos;

  • Chave de 18mm;

  • Chave de 17mm;

  • Chave inglesa ou chave de 6mm;

  • Um tubo para poder fazer alavanca com a chave de 18mm;

  • Gordura de lítio (não precisa comprar uma embalagem, você pode pedir em qualquer oficina ou empresa especializada um pouco, assim economiza uns trocados. Caso queira compre. Existem várias marcas disponíveis no mercado).

Abaixo do veículo encontra-se a porca do parafuso que segura o amortecedor. Deve-se desapertar essa porca utilizando a chave de 18mm e caso seja necessário o tubo para fazer alavanca. O uso de algum spray lubrificante, desengripante ou antiferrugem, ajuda na hora de afrouxar a porca.

Agora já no interior do veículo, é preciso rebaixar os assentos traseiros, tirem as proteções de borracha, e com a chave de 6mm ou com a inglesa firmem o amortecedor para que não gire, enquanto com a chave de 17mm afrouxam a porca, que se vê na foto:

Cuidado quando se solta para que não espane as roscas ou danifique algo.

Antes de colocar os amortecedores novos é recomendado e necessário colocar os amortecedores em posição vertical e pressioná-los um pouco, simulando o funcionamento do mesmo.

Juntamente aos amortecedores, várias outras peças menores acompanham, ou pelo menos deveriam acompanhar. Caso não venha, compre os kits dos amortecedores de borracha, porcas e parafusos novos para fixação e etc… Isso se achar necessário.

A seguir, segue a forma de montagem detalhada:

Respeitem a seqüência, ajustando primeiro a porca superior. O ajuste não deve ser muito forte, já que a chave de 6mm não permite fazer muita força.

Só resta a parte inferior. Coloquem um pouco de graxa no orifício que vai passar o parafuso de fixação, em toda a rosca e também na porca. Caso com a mão fique difícil de coincidir os buracos, pode levantar um pouco o veículo, abaixando um pouco o suporte de sustentação ou o próprio macaco baixando um pouco a suspensão. Aperte bem a porca, e em seguida já com o veículo ao chão, reaperte se necessário.

Isso é tudo, saia para dar uma volta e prestem atenção a ruídos estranhos, sinal de que algo esteja frouxo e necessitando de reaberto.

Esperamos que tenham gostado, qualquer dúvida ou dificuldade de compreensão do artigo, procure seu mecânico ou qualquer empresa especializada para tal reparo.


Como trocar o freio traseiro

O presente artigo pretende descrever com o maior detalhe possível, os passos a seguir para deixar os freios traseiros com a eficácia correta.

Quais ferramentas são necessárias?

  • Suporte para sustentar o auto;

  • Chave tubo de 30 mm com um tubo longo para alavanca;

  • Chaves de 13mm;

  • Chave de 10mm;

  • Alicate bico de papagaio;

  • Chave de fenda com a ponto larga;

  • Graxa;

  • Pincel para limpeza.

Para começar, afrouxar as porcas das rodas traseiras, depois erguer a parte traseira do veículo e coloque os suportes de apoio, um de cada lado. Por baixo do carro, existe o cabo do freio de mão, deve-se afrouxá-lo. Para isso tem que usar 2 chaves de 13mm.

Agora é preciso soltar os parafusos que já foram afrouxados para facilitar podemos usar um tubo de 30mm como alavanca.

Depois deve-se extrair os parafusos existentes. Como mostra a figura abaixo:

Para desmontar o que se vê, só com muita paciência, e memória para o armar depois. Caso queira imprima esse tutorial e utilize no ato da desmontagem.

Desmontar como mostra a figura abaixo:

Observar BEM a posição e forma de cada parte enumerada e os tirar tomando cuidado para não misturar os lados já que têm (lado direito e esquerdo). Agora devem ir a uma casa de freios ou uma boa autopeças, para que dêem um “passe” ou “retifiquem” os tambores de freio (tempo aprox. 1 hora). Enquanto isso, aproveitem e comece a limpar a sujeira que fica acumulada. Utilizem uma mascara se possível para proteger-se já que aspirar o pó que sai é prejudicial…

Cilindros de freio (importante): se os cilindros de freio têm perda de líquido pelos retentores de borracha, é importante trocá-los. Também os verifiquem pressionando com a mão o pistão, este deveria se mover facilmente para adentro e empurrar para fora o pistão oposto. Se isso não ocorrer, quer dizer que se acumulou “ferrugem” dentro do cilindro (o qual é muito comum), e deverão trocar o cilindro completo ou tentar destravá-lo usando um spray lubrificante anti ferrugem, mas se nada mudar é preciso trocá-lo.

Em caso de troca, tirem o condutor de freio (chave de 11 ou 13mm), logo os dois parafusos de 10mm que sustentam o cilindro ao platô e pronto. Uma vez substituído deverão proceder a “sangria” no circuito.

Avalie todo o sistema, se precisar comprar alguma coisa, aproveite quando for buscar os tambores que passaram pela retífica.


Com tudo em mãos, é só seguir a orden inversa para a montagem, observando a correta montagem, posições de cada parte enumerada na foto acima. No local que fez a retífica ou qualquer mecânico pode remontá-lo caso você cometa algum equívoco, é rápido e fácil.

Coloque um pouco de graxa nas molas e nos locais que você perceberá que haverá contato entre metais, afim de lubrificar e proteger o sistema.

Ajuestem o cabo de freio de mão de maneira inversa como foi desmontado. Deixe-o bem firme, no “click” do segundo dente, pois futuramente será necessário reaperta-lo.

Quase tudo pronto… Lubrifiquem a ponta do eixo onde vai montada o tambor do freio e o coloquem no devido lugar. Reapertar a porca central sem apertá-la demais. Entre no veículo e comecem a pressionar o pedal de freio. Ouvirão um “click” no freio traseiro, por isso peça a um ajudante que pressione o pedal enquanto você observa. Pressionar várias vezes até que não se mais ou ruído normal de que tudo esteja se auto ajustando. Se tudo ocorreu bem, apertem ao máximo a porca central de fixação, recoloquem as rodas e saiam a dar umas voltas. Faça um teste, pise bem fundo no pedal do freio, solte-o e logo em seguida puxe a alavanca do freio de mão e perceba se o freio segura o veículo ao aceleram em marcha ré.

Devemos observar com cuidado:

Não pressionar o pedal de freio com o sistema desarmado (com isso desarmará os pistões e perderão líquido). O correto reaperto do cabo de freio de mão. A Correta fixação das molas e das lonas. O correto ajuste da porca central. O correto nível do líquido de freios e a sua devida sangria para a retirada do ar.

Por cautela, podem revisar os rolamentos quando estiverem mexendo nos freios, verificando seu estado: os rolamentos devem ter um giro suave, sem ruídos, e sem jogo nas rodas. Se ocorrer será preciso substituir, e o recomendado é trocar os 2 traseiros. Para comprar você mesmo compra, mas para retirar e recolocar o rolamento de cada lado será preciso levar a um mecânico ou alguém CAPACITADO que tenha uma prensa de oficina mecânica ou prensa HIDRÁULICA, já que é a única maneira de retirá-los e recolocá-los. Retirar e recolocar com marteladas NÃO é o modo correto.

Espero que tenham entendido o bastante para compreender o processo, se acharem que podem trocar sozinhos, faça. O medo de errar é algo que nos impede de crescer. Se você tem receio e medo de não conseguir, talvez seja melhor pra você levar para um profissional capacitado ou empresa especializada em freio para a execução do trabalho.

Obs: A cor vermelha foi apenas para melhor ilustrar e diferenciar o “antes” e o “depois” do processo.