A troca de óleo nos postos de gasolina é uma prática muito comum nos dias de hoje. Mas tome cuidado para não ser enganado.
Embora a leitura desta matéria possa dar uma idéia negativa de todos os postos de serviço de maneira indiscriminada, isso certamente não é verdadeiro. Inegavelmente a grande maioria dos postos de serviço é administrada e servida por gente honesta e dedicada, porém, sempre existe umas maçãs podres no meio.
Os próprios fabricantes de lubrificantes e combustíveis são contra esses abusos, uma vez que o problema poderá repercutir diretamente sobre os seus produtos.
Convém esclarecer que muitos frentistas recebem comissões sobre a troca de óleo do motor, filtros de ar e combustível, o que levam para alguns, a praticar atos fraudulentos contra o consumidor.
Veja abaixo alguns “truques” que descobrimos ao longo desses anos:
1. Quem deixa o carro para a troca de óleo nos postos de serviços e não fiscaliza corre o grande risco de comprar um produto de qualidade inferior e pagando pelo preço de um óleo de qualidade;
2. Os veículos atuais não necessitam da troca do óleo da transmissão (câmbio e diferencial), apenas completar o seu nível. Muitos frentistas acabam convencendo as pessoas que a troca é necessária;
3. O frentista ao verificar o nível de óleo, não coloca a vareta até o seu final e mostra ao cliente que o nível de óleo do motor está baixo, obrigando o consumidor a completar o nível (detalhe: pode-se utilizar uma embalagem vazia para simular o abastecimento do óleo);
4. Havendo filas nos postos com clientes com pressa para serem atendidos, o frentista freqüentemente não zera a bomba e abastece o carro seguinte acrescido do valor fornecido pelo cliente anterior. Ex: Um cliente pediu para colocar R$ 20,00 de gasolina. O próximo cliente pede para colocar R$ 40,00. A partir do valor anterior o frentista “coloca” os R$ 40,00, ainda por cima, o cliente acaba achando que o seu carro está consumindo demais;
5. O frentista faz a troca de óleo e recomenda ao cliente que volte após 3000 kms para uma nova troca. Atualmente, a grande maioria dos automóveis necessita de uma troca a cada 10000 kms (para dados mais precisos, consulte o manual do proprietário);
6. O frentista tenta convencer o cliente a colocar um aditivo para óleo lubrificante, que melhoraria o seu desempenho e reduziria o desgaste. Os óleos lubrificantes de qualidade, API SG, SH, SI e SJ já vem aditivados na quantidade certa, não necessitando de mais nada. Pense bem, você compraria uma refrigerando e colocaria açúcar para tomar?
6. O mesmo ocorre para o combustível. Não há necessidade de se colocar aditivos, mesmo para os motores a álcool;
7. Quando o frentista pergunta: “Posso dar uma olhada no motor?” e você deixa, ele diz: “O óleo do seu carro já está bem preto, necessitando de uma troca”. Pessoal, óleo na coloração negra não quer dizer que está no momento de trocar. Os motores a gasolina possuem essa particularidade, que, com poucos quilômetros rodados, o óleo irá adquirir essa coloração.
Creio que deu para esclarecer um pouco mais sobre a troca de óleo com essa matéria. Então, cuide-se.