Impedância dos alto falantes

Certamente você já ouviu falar em impedância não é mesmo?

Mas o que significa esta palavra que causa pavor nos profissionais do segmento? Sua definição é simples: impedância é a resistência que a bobina móvel oferece ao sinal de áudio. Ou seja, o enrolamento da bobina do auto-falante exerce uma resistência à passagem da corrente elétrica, dependendo do material, secção transversal, temperatura e do comprimento do fio. Esta resistência é medida em ohms, da mesma forma que um resistor.

Mas se ela é medida em ohms como num resistor, porque não dizemos “resistência” ao invés de “impedância”? Será que é apenas um termo técnico ou um fator de complicação para o instalador de som? Alguns instaladores sentem muitas dificuldades para entender este processo e fazer o áudio funcionar corretamente.

A resistência à corrente contínua não é idêntica à resistência à corrente alternada, que embora sendo medida na mesma unidade (ohms), é chamada “impedância” e tem como uma de suas características aumentar com a freqüência da corrente, dependendo, porém das características da bobina móvel e do alto-falante.

A impedância é importante para a adaptação do alto-falante à saída do amplificador, sendo que a impedância de ambos devem ser iguais para evitar perder a eficiência ou danificar o próprio aparelho.

Assim, foi criado o termo “casar a impedância” dos equipamentos, ou seja, igualar a impedância de saída do aparelho com a impedância da bobina do alto-falante. Veja nos exemplos a seguir o que ocorre nos diferentes valores de impedância.

a) Casamento de impedância – correto, apresentando o rendimento ideal do sistema de som.

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b) Impedância do equipamento inferior ao do alto-falante – apresenta rendimento insuficiente ou perda de potência.

c) Impedância do equipamento superior ao do alto-falante – apresenta rendimento acima do normal, podendo danificar os equipamentos.

Mas, e se eu tiver um aparelho com impedância de saída de 4 ohms e dois alto-falantes de 8 ohms? O que fazer?

Neste caso entram as associações dos alto-falantes. Ligando-se dois falantes de 8 ohms em paralelo, teremos uma impedância final de 4 ohms, casando-o com o equipamento.

Tipos de alto falantes

Os alto-falantes são escolhidos de acordo com a frequência sonora que irá reproduzir. Sendo assim, existem diversos tipos, cada um com uma função específica. Veja as diferenças:

Woofers: Para sons graves, médio-graves e parte dos médios – grave de ataque. Os woofers equipam a maioria dos “Trios-Elétricos”, pela sua resposta de freqüência estendida. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a 5000 Hz. Seu tamanho varia de 6″ a 18″. São indicados para reproduzir sons como: Bumbo, tambor, parte do piano, parte do baixo e da guitarra.

Subwoofers: Para os sons subgraves – grave retumbante). Dividem-se basicamente em 2 categorias, a BOX (caixa) e a Free Air (ar-livre, tampão). Quanto maior for o seu Ímã, melhor. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 20 a 1500 Hz. Seu tamanho varia de 8″a 18″. São indicados para reproduzir sons como: Contrabaixo, baixo eletrônico, bumbo da bateria, músicas c/ subgraves (CD-BASS).

Mid-bass: Para os sons médio-graves. Os mid-bass são utilizados na parte frontal do carro, para aumentar a resposta de graves na parte da frente do carro. Em alguns casos eles são instalados nas portas onde é aproveitado o espaço interno da porta como caixa acústica. Em outros casos eles são usados em pezinhos. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 60 a 5500 Hz. Seu tamanho varia de 6″ a 8″. São indicados para reproduzir sons como: Bumbo, tambor e outros.

Mid-range: Para os sons médios. Eles tem uma maior fidelidade na faixa de freqüência que cobre a voz. Também é usado em pezinhos. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 200 a 3500 Hz. Seu tamanho varia de 3-1/2″ a 6″. São indicados para reproduzir sons como: voz (preferivelmente) e a alguns instrumentos musicais que atuam entre 200 e 3500 Hz.

Full-range: Parte dos sons: graves, médios e agudos. São indicados para cobrir a maior parte da faixa audível. Ele é muito usado em pezinhos. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 100 Hz a 12000 Hz. Seu tamanho varia de 4″ a 6″. São indicados para reproduzir principalmente a voz e a maioria dos instrumentos musicais.

Tweeter – (para sons agudos): Existem tweeters de vários materiais. Eles vão do comum papelão ao moderno neodimium (o mais usado). Ele é usado em pezinhos e em cima do painel, sempre direcionados de forma correta.

Triaxial: Contém um woofer, um mid-range e um tweeter na mesma carcaça. Esses falantes são geralmente instalados nas portas e no tampão. Sua vantagem é reproduzir uma grande faixa de freqüência, porém, só há divisores que efetuam o corte subsônico, ou seja, eles atuam cortando os graves. Isso faz com que o woofer reproduza sons agudos, perdendo um pouco da qualidade sonora. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a 20 KHz. Seu tamanho varia de 6″, 6″x 9″ e 8″. São indicados para reproduzir sons como: todos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo da bateria.

Coaxial:Contém um wooofer e um tweeter na mesma carcaça. Esse falante é pratico, porém, com menor fidelidade. É muito usado em kits originais. Apresenta o mesmo problema dos divisores dos Triaxiais. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a 20 KHz. Seu tamanho varia de 4″,a 8″, incluindo o oval 6″x 9″. São indicados para reproduzir sons como: todos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo da bateria

 

Problemas de interferência no som do automóvel

Você enfia o pé no acelerador e a rotação do motor vai subindo, roncando feito uma batedeira elétrica, em todos os alto-falantes. Ninguém agüenta algo assim por muito tempo. Seus ouvidos pedem água em questão de segundos. Tudo bem com o carro parado. Quer dizer, tudo bem se aquele chiadinho que vive rolando no fundo também não te levar à loucura. Esses outros ruídos, extremamente chatos e comuns nos nossos automóveis, costumam ter a mesma origem: instalação descuidada.

“Mas eu tenho um carro popular, diria alguém, com som original do jeito que saiu de fábrica. Mandei apenas instalar um CD player ou coisa que o valha e sofro igualmente com os tais ruídos”.

Como explicar um caso desse?

É verdade, nem sempre a origem do problema é responsabilidade do instalador incompetente. O problema pode estar, por exemplo, num simples cabo de vela com defeito. Quando o campo magnético gerado pela tensão que circula no cabo escapa, é interferência na certa. Pode ser também uma questão de equipamento ruim. Exemplo? Se o filtro de alimentação do seu CD player não funciona direito, esqueça. Ou você troca o filtro ou aprende a gostar de música com batedeira e chiado no fundo.

Boa parte dos erros que resultam em interferências, no entanto, é cometido no momento da instalação, ainda que o equipamento a ser instalado seja apenas um toca-fitas. Dois cabos que deveriam ficar bem distantes um do outro mas que foram instalados muito próximos podem ser a causa do ruído. O mesmo vale para um amplificador mal regulado. Felizmente, encontrar a origem dos ruídos e eliminá-lo é tão fácil quanto arremessar uma batedeira elétrica pela janela.

:: Efeito batedeira

Os vários tipos de ruídos podem ser agrupados em três categoria: os originados por interferência dos componentes elétricos do motor; aqueles gerados pelas chamadas interferências de RF (sinal de rádio frequência); e finalmente os que tem origem de má regulagem de alguns equipamentos.

O tal “efeito batedeira”, por exemplo, é um típico ruído da primeira categoria. Um problema desse tipo, cuja origem está na parte elétrica do motor, acontece quando o dispositivo de isolamento de um ou mais componentes elétricos falha, deixando escapar o campo eletromagnético gerado por eles. Com frequência o “vazamento” é forte o bastante para vencer a malha de proteção dos cabos que integram o sistema de áudio. A interferência vira ruído e vai parar nos alto-falantes.

“Componentes como a bomba elétrica, os vários sensores do motor e a injeção eletrônica trabalham com pontos de tensão diferentes”, explica o instalador Eduardo Rahal Tavares, consultor técnico da Revista Car Stéreo Brasil. “Se não estiver tudo muito bem blindado e aterrado, o campo magnético pode facilmente causar interferência diretamente no pré-amplificador do equipamento”.

Cabos RCA muito próximos de cabos elétricos do automóvel são vítimas freqüentes das interferências vindas do motor.

 

A solução, neste caso, é ter o cuidado preventivo de dimensionar corretamente o projeto. Deve ser guardada a maior distância possível entre cabos RCA e elétricos. Segundo Tavares, cabos vagabundos estão sempre sujeitos interferência, não importa a distância mantida entre eles.

Quanto maior é o número de equipamentos, maior é o risco de interferência elétrica. O motivo? Muito simples: Maior também será a quantidade de cabos RCA utilizados no projeto. “Amplificadores, equalizadores e processadores trabalham com sinais de alta impedância” diz Tavares, “e são muito mais vulneráveis à interferência elétrica”.

:: O remédio é a prevenção

Interferências de RF (radiofreqüência) são provocadas por excesso ou falta de sinal. Quando o problema é o excesso, aparece um chiado de fundo e observa-se alguma distorção, em geral das freqüências mais altas. Quando o problema é a falta de sinal, a encrenca não é muito diferente: chiado e estática.

Certamente a decisão acima não é a mais correta, não acha?

Não há muito o que se possa fazer para evitar os ruídos de RF. Se a antena do carro ainda é do tipo telescópica, a solução para o excesso de sinal é baixá-la até a altura em que desapareça a interferência. Para a falta de sinal, a receita, obviamente, é a inversa. Abre-se o telescópico até a sua última varetinha de alumínio. E só. Se nenhuma dessas medidas der resultado, a única alternativa que resta é procurar no dial outra emissora de rádio com sinal mais forte ou fraco. Segundo Eduardo Tavares, quem tem uma antena amplificada no carro fica de mãos atadas. Não há como eliminar o ruído.

Prevenir o problema na hora da instalação, respeitando certas regras básicas, é a melhor forma de evitar – ou pelo menos amenizar – interferências de RF. O primeiro dessas regras: evitar o uso de extensões da antena. Por que instalá-la atrás se a fonte geradora do áudio está aqui na frente? Afinal, a opção é pela estética ou pela qualidade do som?

O segundo passo preventivo na luta contra as interferências de RF: a antena tem que ser muito bem aterrada no local da instalação e no conector do rádio. E a terceira dica: confira se o capô está 100% aterrado. Se não estiver, ele pode atrapalhar – e muito – a sintonia.

:: Recorrendo a sensibilidade

Se um chiado insuportável vive atazanando a sua tranqüilidade dentro do carro, mesmo que música alguma esteja sendo reproduzida, você é vítima de uma típica interferência gerada por equipamento mal regulado. Esse chiado é o que os instaladores chamam de ruído de sistema. Segundo Eduardo Tavares, ele surge quando a entrada de RCA do amplificador passa a captar todas as “impurezas” do sistema.

Faça o teste. Escolha um CD, feche todo o carro e espere pelo início da reprodução. Então acione o pause do aparelho e preste atenção. “Num sistema bem planejado e regulado, o silêncio tem que ser absoluto, como se o aparelho estivesse desligado”, diz o instalador. “Se aparecer um chiado de fundo, a solução é baixar a sensibilidade do módulo até que o ruído desapareça completamente”.

Muita gente, incluindo instaladores, acredita que o amplificador deixa de render a potência máxima especificada pela fábrica se a sensibilidade do aparelho for ajustada para baixo. Raciocínio equivocado. Quanto maior a sensibilidade ajustada no amplificador, mais sensível à interferências ele fica.

Mas para eliminar o ruído do meu carro, diria outro usuário, tive de baixar a sensibilidade do amplificador até quase o limite mínimo. O problema é que, agora, o som não tem mais volume. O que fazer?

Nesse caso, diz Tavares, a solução é instalar um gerador de som com saída pré-out de no mínimo 4 volts ou adaptar um overdrive entre o CD player e o amplificador. “Assim a gente aumenta a tensão pré-out de saída do CD, que oscila entre 0,5 e 2,2 volts, para algo entre 4 e 6 volts”. A má notícia é que só existem duas ou três marcas com aparelhos desse tipo à venda no mercado brasileiro.

:: Acabe com a dor de cabeça

RUÍDOS

ORIGEM

CAUSAS

SOLUÇÕES

» Barulhos como a rotação do motor ou o som da buzina transferidos para os alto-falantes » Interferência do campo eletromagnético gerado por componentes do motor como injeção, bomba, sensores, atuadores, etc. » Vazamento do campo eletromagnético por falha de isolamento em um ou mais componentes elétricos; » Eliminação de todos os componentes do motor com problemas de isolação;
» Falta de terra na conexão do rádio; » Blindar e aterrar todo o sistema de áudio ao máximo;
» Mal contato no conector da antena (terra da antena); » Eliminar mal contato no conector da anterna; aterrar a antena adequadamente;
» Proximidade entre os cabos RCA e os cabos elétricos do veículo » Manter a máxima distância possível entre os cabos RCA e os cabos elétricos;
» Cabos de áudio de má qualidade; » Utilizar cabos de áudio de boa qualidade;
» Utilização excessiva de cabos RCA no sistema de áudio; » Optar por projetos mais simples, que privilegiem a qualidade dos equipamentos ao invés do número de aparelhos instalados;
» Mal funcionamento do filtro de alimentação do gerador de som » Substituição do filtro numa oficina especializada
» Chiados de fundo e distorções, principalmente das altas frequências, durante a sintonia de rádio » Interferências de sinal de radiofreqüência (RF) » Falta ou excesso de sinal » Não há o que fazer no caso de quem usa uma antena amplificada. Quem utiliza uma antena telescópica deve ajustar a sua altura até que a interferência desapareça;
» Evitar o uso de extensão na antena;
» Aterrar com fiação robusta a antena no local da instalação e no conector do rádio;
» Conferir se o capô está devidamente aterrado
» Chiados de fundo, mesmo quando música alguma está sendo reproduzida » Má regulagem do módulo » Sensibilidade muito alta ajustada no aparelho » Baixar a sensibilidade do módulo até que o ruído desapareça por completo.

Esta matéria foi retirada da Revista Car Stéreo Brasil, ano I, número 10.

Instalando auto rádio, toca-fitas e cd-player

Primeiro passo: Verifique se existe fiação e conectores adequados  para alimentar o aparelho de áudio. Geralmente a maioria dos veículos possuem essas fiações que ficam localizados no mesmo compartimento onde será instalado o rádio. Caso a fiação não exista alguns cuidados deverão ser tomados.

CUIDADO: Sempre que um novo condutor elétrico for adicionado com o sistema elétrico do veículo certifique-se de desconectar o cabo negativo da bateria para evitar qualquer contato que possa provocar um curto-circuito.

Consulte o manual do carro e verifique em que parte do veículo se encontra a caixa de fusíveis de proteção ou a central elétrica e verifique em que parte deste sistema se encontra o fusível de proteção para o rádio. No local indicado pelo manual do veículo, conecte um fio de bitola 2.5mm ao terminal de saída do porta fusível, devidamente encapado e protegido com material anti-chama para maior segurança e puxe-o até o painel de instalação do rádio. Utilize condutores com capa de silicone ou similar e de cor clara para diferenciar dos demais condutores. O próximo passo você deve utilizar um condutor de cor escura e aterrá-lo num ponto da carroceria do carro de preferência sem fazer furos e não se esqueça de usar terminais para melhor segurança.

Atenção: evite passar os condutores de alimentação próximos de motores elétricos, relês e qualquer outro dispositivo que possa causar interferência e ruído no rádio.

Segundo passo: A fiação para os alto-falantes também deverão receber atenção especial assim como os fios de alimentação, pois os fios dos alto-falantes também estão sujeitos a interferência por ruído e danos mecânicos, portanto ao passar com a fiação dos falantes sob o painel do veículo tome o mesmo cuidado dado aos cabos de alimentação.

Terceiro passo: Com todos os condutores posicionados ao painel do veículo inclusive o cabo de antena, agora você irá encaixar a cinta de fixação do rádio que acompanha o aparelho, encaixando-a no painel de instrumentos e dobrando firmemente as lingüetas com uma chave de fenda ou ferramenta adequada para que não fique solta e fazendo barulho podendo também fazer com que seus discos pulem demasiadamente (no caso de CDs).

Faça uma análise nos cabos do painel, verifique se não faltou nenhum fio e não esqueça de conectar o cabo negativo de volta a bateria para a verificação da tensão elétrica 12V nos fios que alimentarão o rádio, em seguida conecte o terminal de encaixe ao aparelho e siga as instruções das operações e funções que acompanham no manual.

Acionamento elétrico dos vidros

Embora seja um dispositivo muito simples, muita gente não sabe como funciona o sistema de acionamento elétrico dos vidros. Iremos descrever nesta matéria o seu funcionamento.

Para facilitar a compreensão de todos, não iremos utilizar dispositivos temporizados ou com controle eletrônico (descida ou subida automática por um toque ou sistema anti-esmagamento). Iremos mostrar um sistema bem simples, somente com o acionamento elétrico.

Este sistema é composto por elementos mecânicos (coluna, canaleta, cabo de aço e roldana) e por elementos elétricos (motor elétrico, relé, botão e chicote elétrico).

O dispositivo mecânico é muito simples. Veja o esquema na figura abaixo:

 

O vidro se prende por pressão na canaleta. Está está afixada num suporte que desliza na coluna como se fosse um elevador. O suporte é preso às suas extremidades por cabos de aço flexíveis. Logicamente, para que a canaleta se desloque para cima e para baixo, o cabo de aço deve se mover. O elemento responsável pela movimentação do cabo é uma roldana (normalmente de nylon) com rosca sem fim. Quando a roldana gira num sentido ou no outro, esta libera um cabo e puxa a outra extremidade.

No exemplo acima, se a roldana girar no sentido horário (seta azul), a canaleta irá subir, fechando o vidro. No sentido anti-horário o processo se reverte.

Viram como é bem simples. Em casos mais simples, a roldana é acionada por meio de uma manivela. Já no sistema elétrico, quem move a roldana é um motor elétrico com dois sentidos de rotação.

O sentido de rotação do motor elétrico é determinado pela sua polarização. Invertendo-se essa polarização, inverte-se o sentido de rotação do motor.

Agora vem a parte elétrica, ou seja, o sistema que comanda o motor elétrico.

Um dos elementos principais desse sistema é o botão de acionamento, ou interruptor de acionamento dos vidros.

Vidros dianteiros

Vidros traseiros

Estamos utilizando aqui o sistema do Volkswagen Santana (antigo), onde no comando dos vidros dianteiros, existe um terceiro botão (central) que serve para bloquear a abertura dos vidros traseiros.

Veja abaixo a simbologia que iremos empregar para o botão de acionamento. A esquerda, somente a simbologia e a direita, uma animação do que ocorre quando acionamos o botão.

Na simbologia, o botão aparece sem estar acionado, ou seja, na posição de repouso.

Os pinos 1 e 2 estão ligados ao motor elétrico. Os pinos 3 e 5 recebem uma tensão positiva por meio de um relé. Já o pino 4 é o terra do circuito.

Veja que em posição de repouso, os pinos 1 e 2 recebem sinais dos pinos 3 e 5 que são positivos. Assim, não há diferença de potencial e o motor elétrico não irá funcionar.

Agora vejamos nas condições de acionamento.

Nesta posição, o pino 1 recebe um sinal positivo do pino 3 e o pino 2 passa a receber um sinal terra do pino 4. Com isso, ocorre uma diferença de potencial e o motor elétrica entra em funcionamento num sentido de rotação. Essa condição se mantém durante todo o tempo em que o botão estiver pressionado.

Agora, modificando a posição do botão teremos:

Nesta posição, o pino 1 passa a receber o sinal terra enquanto que o pino 2 recebe um sinal positivo. Com isso, mantém-se a diferença de potencial, só que com a polarização invertida. Assim, o motor entrará em funcionamento no sentido de rotação inversa ao do primeiro caso. Essa condição também se mantém durante todo o tempo de acionamento.

Veja agora a animação a seguir:

Agora que você já viu como funciona o acionamento elétrico do vidro de forma isolada, vamos ver o circuito completo com as quatro portas.

Como vocês puderam ver, o sistema não é nada complexo. Até muito simples por sinal.

Como Trocar a Bomba de Combustível

Veja o procedimento e as dicas para a substituição de uma bomba de combustível elétrica, componente essencial do sistema de alimentação do veículo, que depende da manutenção correta para bom funcionamento e durabilidade.

A função de uma bomba de combustível é deslocar o combustível que está no tanque para o sistema de alimentação do motor, suprindo, assim, todas as suas condições de trabalho, como carga, rotação e temperatura. Existem dois tipos de bombas: a mecânica, presente nos carros carburados e movida por um eixo; e a elétrica, que equipa os veículos com injeção eletrônica e é acionada por um motor elétrico.

Entre os modelos de bombas elétricas estão as do tipo interna e externa ao tanque. A primeira fica submersa e aspira o combustível do fundo do tanque, impulsionando-o através de um tubo de abastecimento aos bicos injetores. A segunda, do tipo externa, está fixada no chassi do veículo, próxima ao tanque ou ao motor, e suga o combustível por um tubo coletor dentro do tanque.


A Delphi, fabricante do produto, explica que a bomba é classificada ainda em modular, que conta com um reservatório de plástico para alojar a bomba, o filtro e o medidor de combustível, que geralmente são substituídos em conjunto; e não modular, em que os itens do conjunto são trocados separadamente. Dentro da bomba são encontrados os seguintes componentes: motor elétrico, conjuntos de alta pressão e em alguns casos um pré-filtro.


De acordo com a Bosch, o funcionamento ideal da peça depende das condições dos itens que compõe o sistema de alimentação, ou seja, filtros, pré-filtros, mangueiras e combustíveis de qualidade. “Na bomba propriamente não há manutenção, assim é necessário cuidar da substituição do filtro de combustível e pré-filtro nos intervalos indicados pela montadora. Desta forma a bomba de combustível trabalhará em condições adequadas tendo maior durabilidade”, analisa Paulo Souza, gerente de Assistência Técnica da Bosch.

Sem reparo

Os sintomas de avarias na bomba de combustível podem ser verificados nas seguintes situações: baixo desempenho e falhas do motor devido à pressão e/ou vazão insuficiente”, aponta Jair silva, coordenador de assistência técnica da Brosol. “Rodar com o carro constantemente na reserva também pode comprometer o bom funcionamento da bomba de combustível, pois é refrigerada pelo combustível”, completa.

“A falta de manutenção preventiva pode prejudicar a bomba de combustível e ocasionar alguns problemas como a diminuição da vazão em situações de maior carga aplicada ao motor e rotação um pouco mais elevada que irá exigir mais combustível, uma queda de pressão, o que acarretará falhas no motor e, no caso da bomba parar de funcionar, o motor do veículo também não irá funcionar por falta de combustível”, alerta o gerente da Bosch.

De acordo com a Delphi, alguns parâmetros do scanner de diagnose também podem indicar falhas de funcionamento da bomba, desde que as informações sejam interpretadas corretamente pelo mecânico, como por exemplo, tempo de injeção alto, grandes correções de BLM, baixo retorno de tensão do sensor de oxigênio. Além disso, deve ser realizado o teste de bateria e alternador para checar seu desempenho e a parte elétrica do veículo, principalmente aterrametos. Com o manômetro é possível verificar se a pressão está dentro dos limites especificados pelo fabricante. No teste de vazão com o rotâmetro ou na coleta, pode-se verificar o volume de combustível.

A Bosch alerta que não existe reparo de bomba de combustível, uma vez diagnosticado problemas, a bomba deve ser substituída, pois trata-se de um produto “selado”, que se for aberto perde a garantia de funcionamento perfeito.

Super aquecimento, andar sempre na reserva, entupimento do filtro e pré-filtro forçam o motor elétrico que pode queimar. “È possível realizar a troca dos filtros, e em alguns casos, mangueiras e conexões preventinamente”, diz o técnico da Brosol.

Na hora de comprar uma bomba de combustível para reposição, o reparador deve ficar atento à utilização de peças remanufaturadas e recondicionadas, bastante oferecidas nas oficinas mecânicas para baratear o custo do serviço e condenadas pelos fabricantes do produto. “É importante lembrar que o preço, apesar de ser mais em conta na visão do consumidor, pode sair caro em um espaço curto de tempo, com as conseqüências de deixar o motorista pelo caminho”, analisa Souza.

A Brosol argumenta que algumas oficinas dizem que “recuperam” o motor elétrico da bomba, mas a qualidade, a durabilidade, o desempenho, a garantia e, principalmente, a segurança (lembre-se que a peça trabalha dentro do tanque) nunca será a mesma de um componente novo. Tomado todos os cuidados com relação a manutenção e qualidade do combustível, a vida útil estimada da bomba de combustível elétrica é de 100 mil km.

Procedimentos de troca

Os fabricantes de bomba de combustível indicam a limpeza do tanque e substituição dos filtros, mangueiras e abraçadeiras toda vez que trocar a peça. O novo componente deve ser retirado da embalagem somente na hora da instalação.

“Vale ressaltar alguns detalhes do procedimento, como a aplicação correta do produto; seu posicionamento dentro do tanque, ou no suporte em que ela é fixada; as condições do pré-filtro e filtro de combustível e as mangueiras. Cuidados com as conexões de combustíveis, mangueiras, presilhas e conexões elétricas de forma que tanto na hora da retirada quanto na hora da colocação não haja danos, além disso o sistema deve estar despressurizado”, diz Souza.

Passo-a-passo

Na maioria dos casos, a peça pode ser removida por meio de um painel de acesso no compartimento de passageiros, apesar de que, em alguns veículos, é necessário retirar o tanque de combustível. Acompanhe o procedimento de desmontagem e montagem da bomba injetora BCD00123 da Delphi, que equipa o Fiat Palio Weekend (exemplo ilustrativo).

1) A primeira providência que o técnico deve tomar é atender às normas de segurança, com o uso de extintores de incêndio e óculos de proteção, além de seguir as orientações da norma ABNT NBR14752 Veículos Rodoviários Automotores – Bomba Elétrica de Combustível – Ensaios de Manutenção – e trabalhar com o veículo no regime de marcha lenta para realização dos testes.

2) Verifique a performance do sistema elétrico por meio dos testes de bateria, que deve suportar uma descarga controlada de acordo com a recomendação do fabricante, por 15 segundos, e no final do teste a tensão entre os pólos não pode ser menor que 9,6 V (de acordo com a temperatura). Tensão de alimentação da bateria, verificando se a tensão do alternador que chega até os terminais está entre 13,5 V a 14,7 V (para sistemas 12 V). Corrente do alternador, checando a produção de corrente do alternador, comparando com a especificação do veículo. Tensão de alimentação na bomba de combustível em funcionamento, que deve ser igual a tensão de alternador.


3) Com o sistema despressurizado, conecte o manômetro na linha de combustível, funcione o veículo e verifique se a pressão está dentro dos limites especificados, que varia de acordo com cada veículo. Em seguida, verifique também o volume de combustível que a bomba pode fornecer. O teste pode ser realizado com rotâmetro acoplado na linha ou coletando o combustível com um “becker” graduado na linha de retorno. A vazão mínima é dada em l/h e pode ser consultada com o fabricante do produto.

4) Ainda com o manômetro, avalie a estanqueidade do sistema, desligando a ignição e verificando se existe queda de pressão. Quedas acentuadas no sistema indicam vazamentos na linha de combustível.

5) Caso necessite de substituição, despressurize o sistema e solte a tampa metálica e os conectores de entrada e saída de combustível, o conector elétrico e o conector de sensor de nível (bóia).

6) Retire o módulo de combustível, que contém todo o conjunto da bomba. Remova o sensor de nível e o pré-filtro. Este último sempre deve ser trocado por um novo.

7) Solte a trava de fixação e retire a tampa do módulo para desmontá-lo. Desconecte os terminais elétricos e a mangueira.

8 ) Ao iniciar a montagem, limpe o módulo, com atenção para o anel de vedação de borracha do fundo do caneco, que deve estar em ordem ou ser trocado. Verifique se há trincas na flange do módulo e nas travas. Em caso de vazamento o cheiro de combustível no interior do veículo ficará muito forte.

9) Encaixe o pré-filtro. A mangueira de combustível já vem acoplada à nova bomba. Agora, monte o anel de vedação.

10) A colocação da bomba no módulo deve ser feita com atenção para que o pré-filtro encaixe na posição correta.

11) Coloque a tampa e feche todas as travas. Coloque a abraçadeira na mangueira da flange e encaixe-a no módulo.

12) Em seguida, instale o anel de trava da flange com ajuda de uma chave de canhão.

13) Acople os conectores elétricos e encaixe o pré-filtro externo. Não esqueça do anel “o’ ring” e do conector de sensor de bóia. (foto 13 A). Neste momento é obrigatório que se faça a verificação do tanque de combustível para remover qualquer sujeira. Encaixe o conjunto no veículo.

13       13A

14) Antes de entregar o veículo, faça o teste de performance final, realizando novamente todos os testes iniciais.

 

Própria para bi-combustível

O funcionamento das bombas para veículos bi-combustíveil é basicamente o mesmo das convencionais, com exceção de alguns componentes internos construídos com materiais adequados para trabalhar com os dois combustíveis, principalmente para evitar a corrosão do álcool, que gera inclusive faíscas. “A vida útil da bomba que é específica para a gasolina fica comprometida quando aplicada nos carros flex, em função do uso do álcool”, alerta Souza.

Evitar o uso de combustível adulterado é o ideal, afinal causa desgastes excessivos dos itens internos e pode prejudicar não somente a bomba, mas todos os componentes que tem contato como as mangueiras da linha de combustível, além disso, o rendimento do motor e consumo também serem prejudicados.