Trabalhando a Suspensão – rebaixar o carro

A continuidade de nossa série de artigos sobre preparação necessariamente exige que tratemos de um assunto que não está diretamente ligado à potência do carro. Na verdade, vamos abordar um tema que mostra como gerenciar de forma adequada a força motora do carro. Chegou o momento de tratarmos de suspensões.

Imaginando que o leitor já atingiu um certo nível de preparação do motor, também há que se adequar outras partes do carro aos novos níveis de desempenho de que ele é capaz. A importância disso está relacionada tanto ao aspecto segurança, como também à obtenção de rendimento e comportamento adequado e controlado do conjunto. De nada adianta um ótimo trabalho na parte de motor se você continuar com a suspensão e o sistema de freios (trataremos em breve) originais.

Alterações no sistema de suspensão, como rebaixamentos por exemplo, têm sido uma prática cada vez mais comum, principalmente entre os adeptos do tuning, ou até mesmo por aqueles que querem apenas dar um aspecto mais esportivo ao carro. No entanto, muitas vezes, a preocupação com dirigibilidade e estabilidade ficam em segundo plano. A procura por soluções mais baratas, sem levar em conta a qualidade de peças e a mão-de-obra, podem trazer um sério risco, tanto à integridade física como ao patrimônio.

A moda de rebaixar carros está cada vez mais acessível para a maior parte das pessoas. Suspensões especiais são quase itens de “série” no Japão, nos EUA e na Europa. E estão disponíveis nas mais variadas opções. Nesses mercados um sistema customizado não necessariamente está associado a motores preparados e constitui um item de personalização tão importante como uma roda esportiva. Nesse segmento as suspensões a ar são as mais procuradas. Algumas empresas brasileiras já importam marcas com esse sistema, mas o custo para a maior parte das pessoas ainda é muito elevado.

Outra solução para quem deseja um sistema de variação da altura do carro e que tem ganhado bastante popularidade é a suspensão de rosca, que já conta com alguns fabricantes nacionais. Com ela, a altura do veículo pode ser alterada entre 6 e 8 cm em cerca de 20 minutos. As vantagens desse método em relação a um rebaixamento definitivo é que a altura pode ser alterada de acordo com a necessidade, se adequando a excesso de carga, estradas de terra ou muito esburacadas, inspeção veicular, etc.

Mas vamos às razões que justificam um trabalho na suspensão para um carro preparado. No Brasil, a maioria dos carros fabricados tem a suspensão voltada para o conforto, o que, na maior parte das vezes, significa um conjunto mais “mole” e com maiores níveis de oscilação. Entre os principais problemas que você poderá enfrentar com maiores doses de potência atuando sobre uma suspensão convencional, temos:

  • Perda de tração em acelerações mais fortes e bruscas.
  • Certo descontrole da trajetória do carro, com agravamento em carros de tração dianteira, em arrancadas.
  • Menor aderência em curvas e pisos irregulares.
  • Instabilidade em certos regimes de condução.

Algumas pessoas, erroneamente, pensam que rebaixar um carro é um processo que vai dar maior equilíbrio e estabilidade. O engano está em pensar que, com o simples fato de “cortar” elos da mola, já se obtém um resultado eficiente. Ao se cortar uma mola, fisicamente se produz uma alteração no seu coeficiente elástico (endurecimento). Esse endurecimento pode ser maior do que o necessário. Assim, uma suspensão rebaixada deve receber molas novas com dimensões e coeficientes elásticos apropriados ao novo curso, que ficou menor, bem como às cargas de trabalho e regimes de funcionamento.

Outro aspecto intimamente relacionado às molas mais curtas é o curso do amortecedor. Se não for redimensionado de acordo com as novas molas, trabalhará fora dos regimes de compressão e distensão projetados, ou seja, não terá a sua eficiência ideal. Outras conseqüências prejudiciais desse fato são sobrecarga de outros componentes como bandejas, braços e buchas e, em alguns casos, comprometimento da própria estrutura do automóvel. Isso sem falar da indesejável instabilidade.

Esses fatores, em situações limites, podem causar um sério acidente. Por exemplo, em uma ondulação na rua ou na estrada. O carro pode literalmente “decolar” do chão ou até mesmo, dependendo da velocidade, capotar. A razão disso é que, em um processo de corte puro e simples das molas, normalmente a suspensão fica mais dura que o correto e ainda com um efeito pula-pula, que lança toda a carroceria para cima, diminuindo a pressão contra o solo e, portanto, a aderência. Note que esse é apenas um exemplo.

Um outro cuidado muito importante, mas que é negligenciado com freqüência ainda maior, é o peso do conjunto suspenso, ou seja, de todas as peças que são suportadas pela suspensão, incluindo rodas e pneus. E cada vez mais comum depararmo-nos com componentes que têm função meramente estética, como discos cromados fixados entre a roda e o cubo traseiros, para parecer com discos de freio, calotas exageradas ou na pior das situações, pesados adaptadores para rodas de furações diferentes das originais.

O problema que surge em função dessas práticas é que, ao aumentarmos o peso do conjunto suspenso, aumentamos também a inércia (tendência de permanecer estático ou em movimento) do mesmo. Lembre-se que o papel principal da suspensão é manter os pneus o maior tempo possível em contato com o solo, garantindo assim a dirigibilidade do veículo. Um conjunto mais pesado tem maior inércia e, portanto, demora mais tempo para reagir (subir ou descer). Em outras palavras, é menos eficiente.

Imagine que um conjunto com inércia demasiada vai fazer com que, em uma pista com ondulações (costela de vaca), seu pneu praticamente flutue sobre o pavimento. Dessa forma, caso seja necessária uma mudança de trajetória ou frenagem brusca, seu carro poderá não ter a aderência suficiente para realizar a manobra! Portanto, quando for escolher rodas maiores, pneus, calotas ou outro tipo de peças, além de checar funcionalidade, qualidade e aspecto, verifique o peso que o seu novo conjunto vai ter.

Há hoje em dia uma grande quantidade de empresas que realizam um trabalho de preparação de suspensões, porém apenas algumas poucas realmente especializadas e que contam com know-how, equipamentos e mão-de-obra adequados a um bom serviço. Sempre opte por uma marca que desenvolva e fabrique seus próprios componentes (amortecedores e molas) e que disponha de mão de obra especializada. Uma suspensão bem trabalhada requer uma série de ajustes, tanto de amortecedores, molas e telescópios como do próprio alinhamento do veículo. Dependendo do tipo de alteração, o alinhamento tem de acompanhar a modificação, principalmente se for de rosca ou pneumática. Veja alguns itens que passam por alterações:

  • Amortecedores – Válvulas, corpo e haste são retrabalhados de acordo com o modelo do carro e as necessidades do cliente.
  • Telescópio – É feito um trabalho na altura, na base e nos braços (em alguns casos).
  • Molas – As molas são desenvolvidas especialmente para atender às necessidades de cada um. Podem ter a calibragem e o diâmetro alterados.
  • Alinhamento – Tem de ser revisto para se adequar às novas exigências da suspensão.

Sérgio Albuquerque – sempre atento as tendências – valendo-se de sua ampla experiência no segmento de suspensões e depois de muito desenvolvimento, criou um sistema bastante prático de suspensão regulável para carros de passeio, tanto nacionais, como importados e também alguns modelos Off Road. Este trabalho exigiu muito tempo de estudo e ensaios, para desenvolver componentes que suportassem as condições de nossas ruas e que não alterasse os demais componentes do carro, tais como bandejas, buchas, pivôs, etc.

Proprietário da Impacto, Sérgio desenvolveu um sistema de regulagem da altura da suspensão através de rosca, que pode variar a altura do veículo de 6 a 8 cm dependendo do modelo. Com essa solução é possível você optar por andar com um carro mais baixo que o normal, mais esportivo no visual, e quando for pegar uma estrada de terra ou for transportar muito peso, pode-se levantá-lo para que não bata no chão.

O sistema trás muitas vantagens em relação aos rebaixamentos fixos, já que em poucos minutos é feita a alteração e você não terá um carro rebaixado permanentemente.

Um último alerta é importante! Sempre que for realizar alterações no sistema de suspensão, além da preocupação funcional e de segurança, procure executar um serviço que possa ser revertido ao menor custo possível e com o menor trabalho. Essa preocupação facilita a revenda do carro e impede problemas com o código nacional de trânsito, que prevê multa e apreensão de veículos que estejam fora das características originais.

Sistema de Suspensão (mantendo o carro na linha) – parte 3

As bandejas são peças fundamentais tanto para veículos que usam suspensão ponte rígida ou MacPherson. Em ambos os sistemas, as bandejas têm a função de proporcionar uma perfeita harmonia entre estabilidade/segurança e conforto na condução do veículo. As bandejas têm importante papel no perfeito trabalho dos demais componentes da suspensão, assim se por exemplo uma das bandejas estiver amassada ou trincada, a dirigibilidade do veículo ficará comprometida. Portanto cuidado, folga no sistema de suspensão e desalinhamento da direção podem ser causados por bandejas e braços empenados, trincados ou gastos, provocando irregularidade no desgaste de pneus, comprometimento da estabilidade e ruídos, entre outros. Vamos dar algumas dicas para que você possa avaliar o estado das bandejas.

 

 

Verifique o seguinte:

  • Amassamento, trincas, quebra ou corrosão.
  • Se as buchas estão danificadas (cortadas, folgadas, soltas da carcaça ou pino amassado).
  • Se o pivô está folgado ou o guarda pó está rasgado.

A presença de uma destas irregularidades indica a necessidade da substituição da bandeja. Em alguns casos para efetuar a troca é necessário soltar o amortecedor do carro. Este trabalho requer mão de obra especializada e ferramentas adequadas. Alguns veículos são equipados com bandejas que sofrem alterações de um ano para o outro, por isso sempre verifique o ano e o lado certo de montagem. A montagem em posição invertida causará a soltura das buchas.

O custo de bandejas novas é relativamente baixo e, seu preço se inicia a partir de R$22,00 já com as buchas. Algumas empresas recondicionam bandejas, mas evite colocá-las em seu carro, pois estas peças são submetidas a esforços constantes e acabam quebrando por fadiga, pois seu uso e solicitação pode já ter sido muito grande.

Sistema de Suspensão (mantendo o carro na linha) – parte 2

Nesta matéria vamos abordar uma parte delicada do carro, mas que muitas pessoas não dão a mínima importância ou raramente lembram-se de que como qualquer outra peça ou sistema de um carro, esta também precisa de manutenção e, assim como o seu anjo da guarda não merece ser lembrado apenas em situações de emergência, este sistema responsável pela estabilidade do seu carro exige atenção permanente, para não falhar da próxima vez que você fizer uma manobra arriscada ou que se exija mais dele. Por isso, não espere por nenhum aviso de que a suspensão não está boa. Um veículo com a suspensão danificada não deixa de funcionar repentinamente. Quando você menos espera, ele pode se desgarrar da pista e provocar um sério acidente.

Nesta primeira parte vamos falar sobre a checagem da suspensão. Entende-se por suspensão, o conjunto de molas, barras estabilizadoras e amortecedores que mantém o carro no rumo desejado, impedindo que ele termine no “abismo” ou desgovernado em uma curva ou na transposição de irregularidades do piso.

Suspensão e direção trabalham juntas e precisam estar perfeitamente sincronizadas. Para garantir essa harmonia, a melhor prática é proceder ao alinhamento periódico desses dois sistemas, o que consiste basicamente na correção de três ângulos:

  • Convergência das rodas – que as rodas se movimentem o mais paralelamente possível.
  • Cambagem – a inclinação das rodas em relação ao terreno.
  • Cáster – faz o carro andar sempre em linha reta.

Os amortecedores – que servem para estabilizar o movimento da carroceria – também devem ser examinados quando se fizer o alinhamento.

Um cuidado particular e constante deve ser adotado no alinhamento da direção. Se na F1 ele costuma ser feito a cada prova ou treino – devido a sua importância – nos carros de passeio é recomendável uma revisão no sistema a cada 7.500 km e sempre que se trocar os amortecedores. Vamos a algumas dicas para você descobrir se seu carro tem algum problema com a suspensão:

  1. Veja se há desgaste irregular dos pneus;
  2. Direção com tendência a puxar para um dos lados com o veículo andando em linha reta;
  3. Barulhos estranhos quando o veículo passa por ruas de paralelepípedos ou ruas com o asfalto irregular;
  4. Cheque se existem folgas na caixa de direção (no esterçamento para qualquer lado deve-se seguir um imediato movimento das rodas);
  5. Teste os amortecedores – aperte um dos cantos do carro com força para baixo e solte. Se ele balançar mais de duas vezes está na hora de trocá-los.

Se seu carro se enquadra em um ou mais dos testes relacionados acima, está na hora de procurar um mecânico de sua confiança.

Note, para um perfeito alinhamento, os pneus têm que ser da mesma marca e modelo e não apresentarem desgastes diferentes.

 

Substitua os amortecedores a cada 30.000 km, mesmo que aparentem bom estado. Troque-os sempre aos pares (par dianteiro ou par traseiro) ou todos de uma vez. Se você utiliza seu veículo a maior parte do tempo em terrenos irregulares, sua durabilidade é menor. No mais evite colocar excesso de peso em seu carro, consultando o manual do proprietário sobre capacidade de carga. Isto contribui para o desgaste prematuro da suspensão.

Na continuação da matéria trataremos sobre a “importância das bandejas”.

Sistema de Suspensão (mantendo o carro na linha) – parte 1

O sistema de suspensão tem uma função importantíssima no automóvel. É ela que absorve por meio dos seus componentes todas as irregularidades do solo e não permite que trancos e solavancos cheguem até os usuários. Também é responsável pela estabilidade do automóvel.

Os principais componentes do sistema de suspensão são:

  • Molas;
  • Amortecedores;
  • Barras estabilizadoras;
  • Pinos esféricos (pivôs);
  • Bandejas de suspensão.

Sem as molas e os amortecedores que permitem a movimentação controlado do sistema, o desconforto seria muito grande, principalmente em pisos irregulares. Isso sem falar na vida útil do veículo, que diminuiria muito com os fortes impactos sofridos.

Com os impactos transferidos para o veículo, há sofrimentos tanto do usuário como para o automóvel.

No automóvel podem vir a causar trincas na sua estrutura, que praticamente comprometeria todo o veículo.

Outro problema seria aqueles incômodos ruídos do painel do automóvel, que com a vibração e os impactos sofridos, aumentariam em muito. E todos nós sabemos como é chato esse barulho.

Para quem já andou num carrinho feito com rolamentos na juventude sabe muito bem o que é um veículo sem suspensão.

Molas e amortecedores trabalham em conjunto. A mola absorve os impactos sofridos pelas rodas e os amortecedores seguram a sua distensão brusca, evitando oscilações no veículo.

Nos veículos leves, a maioria das suspensões utilizam a mola helicoidal, que é formada por uma barra de aço enrolado em forma de espiral. Existem também outros tipos de molas, como as barras de torção (utilizado nos veículos VW como o Fusca, a Brasília, etc) e as semi-elípticas (utilizadas em veículos de carga).

A mola helicoidal pode trabalhar tanto na dianteira como na traseira do veículo. Seu posicionamento na suspensão depende da sua construção e estrutura. Entre os tipos de suspensões mais utilizadas no Brasil estão as do tipo Mc Phearson e as de duplo triângulos, ambos suspensões independentes.

Mais o que vem a ser uma suspensão independente?

Suspensão independente é aquela que cada um dos lados estão ligados às rodas de forma independente, ou seja, se uma roda passar por um desnivelamento, somente ela será deslocada, não modificando o posicionamento da roda oposta.

Já uma suspensão rígida, também chamado de ponte ou eixo rígido, as rodas estão ligadas diretamente por meio de um eixo. Se uma das rodas se deslocar devido a um desnivelamento, a roda oposta também irá se deslocar.

Como já dissemos, a forma como a mola e o amortecedor serão montados na suspensão, depende diretamente do tipo empregado.

 

O que ocorreria com o veículo se não houvessem os amortecedores?

Sabemos que toda ação tem uma reação. As molas quando comprimidas pela ação das suspensão, tende a voltar para sua posição normal. Assim, quanto maior for o impacto sofrido, maior e mais violenta será a sua compressão. A distensão da mola ocorre na mesma intensidade, fazendo com que o veículo fique oscilando. Isso é totalmente prejudicial à estabilidade do automóvel.

 

A energia absorvida pelas molas é liberada por meio de oscilações, o que também gera desconforto, além de comprometer a segurança, já que durante as oscilações, há perda de aderência das rodas com o solo, o que torna perigoso a condução do veículo, principalmente nas curvas.

É aí que entra a função dos amortecedores. Eles limitam as oscilações, frenando a abertura e fechamento da suspensão, tornado a dirigibilidade muito mais segura e estável, afinal de contas, pular é para canguru.

 

Os amortecedores podem ser de três tipos, o convencional, o pressurizado e o eletrônico.

O amortecedor convencional ou amortecedor hidráulico é constituído por um conjunto de pistão e válvulas, fixado a uma haste que se move dentro de um tubo com óleo específico para altas temperaturas e pressões. As válvulas regulam a passagem do óleo, controlando a velocidade da haste.

O controle de fluxo de óleo durante a abertura e o fechamento da suspensão é o que caracteriza a dupla ação dos amortecedores.

Um amortecedor hidráulico funciona muito bem, mas em condições severas, a velocidade de acionamento dos pistões se eleva tanto que o óleo não consegue acompanhá-lo, ocasionando um “vazio” e bolhas de ar logo abaixo do pistão.

Estes fenômenos são chamados de cavitação (vazio) e espumação (bolhas de ar), e provocam pequenas falhas no amortecimento. Quando a temperatura volta ao normal, o amortecedor também volta a operar normalmente. Em condições de uso normal, a cavitação e a espumação não acontecem.

A evolução surgiu com os amortecedores pressurizados, quando a NAKATA® lançou o HG (primeiro amortecedor pressurizado do Brasil).

A injeção de gás nitrogênio, em conjunto com uma válvula de fluxo do gás, cria uma câmara pressurizada fazendo com que o óleo seja pressionado para dentro do tubo de pressão com maior velocidade, evitando assim, a cavitação e a espumação.

O trabalho contínuo do amortecedor provoca o seu desgaste como em qualquer outra peça. Sendo assim, quando a vida útil do amortecedor terminar, troque-os.

É bom lembrar, embora a vida útil de um amortecedor seja bastante longa, faça uma revisão a cada 40.000 quilômetros.

Sinais de vazamento e excesso de oscilações no veículo indicam que os amortecedores já estão vencidos. Lembre-se, é a sua segurança que está em jogo, além do conforto é claro.

O desgaste de um amortecedor é normal com o passar do tempo, pois o constante atrito das peças em movimento, acabam desgastando e criando folga entre as partes móveis que compõem o amortecedor.

 

Quando for fazer uma troca de amortecedores, utilize sempre novos. Jamais coloque um amortecedor “recondicionado” no seu veículo ou do seu cliente.

Recondicionar um amortecedor é uma tarefa praticamente impossível, pois, seria necessário trocar todos os componentes internos do amortecedor, o que o tornaria tão caro quanto um novo. Também não existem peças de reposição para isso.

Então, como eles recondicionam os amortecedores?

Na verdade, eles não recondicionam e sim, furam o cilindro do amortecedor e introduzem um óleo “mais grosso”, normalmente óleo de motor ou de câmbio. Isso fará você pensar que o amortecedor tem eficiência, mas assim que for solicitado, ele deixará de funcionar.

Esse é um ato criminoso, pois, além de enganar o consumidor, ainda coloca a vida dele em jogo. Existem casos em que nem o óleo é trocado, apenas pintam a parte externa do amortecedor e os colocam em caixas.

Amortecedores comprados em “desmanches” também não devem ser utilizados, pois, como saber a procedência do mesmo e as suas condições?

 

Amortecedor, o famoso “costa-larga”.

Quando acontece qualquer tipo de problema na suspensão do veículo, é normal ouvirmos a expressão “amortecedores com problema”. Isso não é verdade, pois, como dissemos anteriormente, a suspensão é composta por vários componentes. Assim, um ruído vindo da suspensão não indica que o amortecedor esteja com problemas.

Molas cansadas ou quebradas, buchas, rolamentos de rodas, batentes ou coxins danificados, falta de alinhamento de direção ou do balanceamento das rodas podem causar problemas. Até a calibração dos pneus tem que ser levadas em conta.

 

 

Uma forma rotineira de verificar problemas com o amortecedor é balançar o carro com as mãos. Se o veículo oscilar uma vez e meia, o amortecedor está em boas condições de uso. Caso continue oscilando por muito tempo antes de parar, pode indicar um problema com as molas ou que o amortecedor não está mais controlando o seu trabalho.

Nestas condições, está na hora de fazer um revisão na suspensão e verificar os amortecedores.

É importante utilizar o amortecedor específico para o seu veículo.

Se na hora de substituir o amortecedor ele apresentar defeitos que não seja o seu desgaste natural, a suspensão deve ser checada de forma geral, pois, algum componente poderá estar afetando os amortecedores. A simples troca poderá danificar os novos amortecedores.

Se você substitui os amortecedores e fez uma revisão completa na suspensão e mesmo assim o veículo apresente vibrações ou falta de estabilidade, verifique a alinhamento e o balanceamento das rodas.

Para garantir uma maior vida útil dos amortecedores, certifique-se que os seus acessórios como as coifas de proteção da haste, os batentes e os coxins estejam em ordem.

Carga acima do limite especificado pelo manual do fabricante ou impactos muito fortes na suspensão podem danificar não só amortecedor mas todos os componentes da suspensão.

Observação: Não utilize graxa ou qualquer óleo de origem mineral para lubrificar partes da suspensão onde trabalham borrachas.

Os pinos esféricos ou pivôs da suspensão são pinos articulados que prendem o cubo da roda à suspensão.

Os pivôs de suspensão fazem a ligação entre as partes suspensas (chassi, carroceria) e as partes não suspensas (telescópico, manga de eixo, cubo de roda). Eles recebem grandes cargas e esforços durante a aceleração, frenagem e curvas, e, em alguns casos, também suportam o peso do veículo.

 

É preciso muita atenção quanto ao desgaste dos pivôs.

Os pivôs possuem uma coifa de proteção que impedem que poeiras ou qualquer tipo de material estranho penetre no alojamento da esfera de articulação. Isso evita o desgaste prematuro do componente e a sua quebra.

Se a coifa estiver rasgada, o pivô deve ser substituído imediatamente.

 

A quebra de um pivô consiste no desligamento do cubo de roda à suspensão. Com o veículo em movimento, poderá causar sérios acidentes. Normalmente, com a quebra do pivô a roda cai.

O braço de suspensão ou a bandeja permite a articulação das rodas na suspensão.

O estabilizador constitui-se de uma barra de aço curvada em forma de “U” e é instalada transversalmente no veículo em suspensões independentes.

É presa na suspensão por meio de mancais de borracha como pode ser visto na figura ao lado.

Com o tempo, é normal que estas buchas se danifiquem. Caso isso ocorra, as mesmas devem ser substituídas por novas junto com suas braçadeiras.

 

 

Para completar nosso assunto, ainda existem os componentes do sistema de direção, que também estão montados na suspensão do veículo.

 

Qualquer peça em condições irregulares devem ser substituídas.

Fonte de pesquisa: Almanaque Dana – Nakata números 35, 36 e 37

Pequenos vazamentos no sistema de arrefecimento

Creio que muitos já se depararam com pequenos vazamentos no sistema de arrefecimento, que acabam se tornando um incômodo tanto pela “poça” que ele irá fazer no chão da sua garagem como também pela verificação constante do nível do líquido de arrefecimento.

Muitos dão até dicas para eliminar esse problema, como por exemplo, colocar clara de ovo dentro do radiador. Isso numa situação de emergência pode até “quebrar o galho” mas, o problema fica depois pelo “odor” pouco agradável produzido pelo ovo.

Já existe no mercado produtos que agem no sistema eliminando pequenos vazamentos. Iremos destacar nesta matéria o Veda vazamentos Stop Leak da Petroplus / STP

Características do produto:

  • Não prejudica os componentes do sistema de arrefecimento;
  • Não provoca entupimentos;
  • Pode ser usado como produto preventivo;
  • Pode ser usado com outros tratamentos PETROPLUS para o sistema de arrefecimento.

O StopLeak possui uma embalagem de 350 ml e deve ser adicionado um frasco do produto para sistemas com até 8 litros de líquido.

Dicas e cuidados: Sempre que abrir a tampa do reservatório do radiador, verifique se líquido não está transbordando. Se isso ocorrer, feche novamente o reservatório, ligue o carro e deixe-o funcionando até o acionamento da ventoinha. Quando esta desligar automaticamente, abra a tampa do reservatório com cuidado e desligue o motor. Se o vazamento persistir, procure socorro mecânico.

Para maiores informações ligue para Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) 0800 111 787 ou acesse o site da STP em http://www.stp.com.br.

O StopLeak possui uma embalagem de 350 ml e deve ser adicionado um frasco do produto para sistemas com até 8 litros de líquido.

Dicas e cuidados: Sempre que abrir a tampa do reservatório do radiador, verifique se líquido não está transbordando. Se isso ocorrer, feche novamente o reservatório, ligue o carro e deixe-o funcionando até o acionamento da ventoinha. Quando esta desligar automaticamente, abra a tampa do reservatório com cuidado e desligue o motor. Se o vazamento persistir, procure socorro mecânico.

Para maiores informações ligue para Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) 0800 111 787 ou acesse o site da STP em http://www.stp.com.br.

A Importância da Água no Sistema de Arrefecimento

Hoje em dia é comum todos os motoristas completaram com o água o sistema de arrefecimento, o que de certa forma é errado. A maioria dos cabeçotes dos carros são feitos de alumínio e isto acelera a corrosão interna dos dutos por onde circula a água. A médio prazo as galerias ficam com um grau de corrosão muito elevado, que pode acarretar diversos problemas, desde a circulação de água ao entupimento de dutos e com conseqüente aumento de temperatura, até a queima da junta do cabeçote.

Em alguns casos mais graves, a água pode invadir o cilindros, causando desde falhas no motor a calço hidráulico (empenamento da biela).

Ocasionalmente, como em uma emergência (rompimento de mangueiras, furo no radiador, etc), completar a água é a forma mais rápida, viável e admissível. Este procedimento deve ser utilizado somente até que o repara possa ser feito e, então, deve-se proceder o esvaziamento de toda a água e limpeza de todo o sistema, para em seguida colocar-se aditivo na seguinte proporção:
40% de aditivo à base de Etileno-Glicol e 60% de água destilada, pois a água encanada contém cloro que é altamente corrosivo e prejudicial.

Mas alguns cuidados devem ser tomados, pois no mercado há diversos tipos de aditivos, muitos “falsificados” (por incrível que pareça, alguns são apenas água e corante!). Existem dois tipos de aditivo – Etileno-Glicol e Propileno-Glicol – que não podem ser misturados, pois uma mistura entre estes aditivos de fórmulas e propriedades diferentes, causa reações nocivas a todo o sistema de arrefecimento.

Em um prazo em que o sistema não requeira manutenção e dentro de condições normais de uso, é bom substituir toda a solução anualmente. Já existem hoje aditivos que “avisam” a hora de se trocar, através da mudança de cor.