Conversão de Gasolina para Alcool

Gasolina x Álcool x GNV? Óleo mineral x semi x sintético? Qual filtro usar? Aditivo no motor?

Conversão de Gasolina para Alcool

Mensagempor rogerselan » Seg Jul 16, 2007 4:28 pm

Queridos amigos do Club.
Estou com uma tremenda duvida pois há muitas coisas que são certas para um e erradas para outros mas vai aí a minha pergunta.
Conversei com um amigo e ele tem um Kadet ano 1992 motor 1.8 e o carro é a gasolina e ele converteu a alcool simplesmente trocando um chip que vai num módulo. aí está a minha duvida será que no Renault 19 1.6 ano 1997 dá pra fazer a mesma coisa? se alguém souber ou já fez isso por favor escrever como foi feito essa conversão.
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Mensagempor henriqueTJ » Ter Ago 21, 2007 3:54 am

tenho uma duvida tb........tenho o r19 rt 1.8 96....ele fica bom com essa conversao???deixar ele bi combustivel???....o q eu tenho q mudar nele pra ficar bom?????

se alguem souber mi ajudar eu agradeco
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Mensagempor André - Fundador » Ter Ago 21, 2007 11:08 am

Eu, particularmente não aprovo por várias razões.

Primeiro quem vende esses kits prometem absurdos e não alertam aos perigos. Poucas são as empresas especializadas em preparação de Chips.

Precisa trocar muita coisa, e mesmo assim eu acho ridículo.

O que acontece é o seguinte, quando você utiliza álcool em um veículo movido à gasolina há uma perda de 40% para produzir a mesma energia (potência), ou seja, um motor que roda com álcool tem que injetar em média 40% a mais de combustível do que um motor movido a gasolina.

Isto acontece, porque a gasolina tem maior poder calorífico. Assim se você utilizar álcool em um veículo projetado para uso de gasolina, a central eletrônica do carro reconhece a necessidade de injetar mais combustível, simplesmente pelo fato do álcool ter um menor poder calorífico e com isso aumenta o tempo de injeção para tentar corrigir essa falha.

Mas o "problema" não pára aí, já que os bicos injetores têm uma capacidade limite para injetar combustível, variando de carro para carro, mas que na maioria dos modelos, tem no caso da injeção de álcool ao invés de gasolina, seu limite atingindo, mesmo que a necessidade de se injetar mais combustível não tenha sido atendida, já que o bico injetor não foi projetado para esta utilização.

Assim, o carro passa a rodar com a mistura pobre (pouco combustível em relação ao ar), pois a quantidade de combustível injetada não é suficiente para produzir uma boa queima e a consequente energia que a gasolina produz.

Com isso podem ocorrer problemas em um motor a médio prazo, como depósitos de sedimentos nas válvulas e cabeças de pistões e conseqüentemente mais tarde falhas na vedação de válvulas. Ainda pode-se ter anéis engripados e desgaste prematuro dos cilindros e em alguns casos a fundição dos mesmos.

Ou seja, a economia que você está fazendo na hora de abastecer seu carro, não compensa os gastos e aborrecimentos que futuramente você terá com o motor do carro.

Há algumas oficinas que colocam chips que alteram o sensor de temperatura do motor, com isso o tempo de injeção é maior. O truque é fazer com que o carro trabalhe como se estivesse com o motor sempre frio, a fim de que a injeção injete mais combustível. Mas isto não é o suficiente e para você rodar com álcool, não basta só colocá-lo no tanque e adotar um truque ou outro, é necessário que haja uma transformação criteriosa, e adequar a injeção para o funcionamento do motor com o novo combustível.

O certo é mudar ou alterar a capacidade de vazão dos bicos, trocar as velas e fazer um remapeamento no sistema de injeção, colocar um reservatório para partida a frio e verificar a taxa de compressão do motor do seu carro, pois se for muito baixa não seria aconselhável. Neste caso a única solução seria aumentar a taxa do motor, o que inevitavelmente acarretará em um custo bem elevado para a conversão em veículos equipados com injeção eletrônica.

O segundo caso, é a prática apelidada popularmente de "rabo de galo", que nada mais é do que a mistura de álcool e gasolina. Muitos motoristas não sabem que o álcool hidratado pode conter até 7,4% de água na sua composição. Já a gasolina comum não contém água e sim 25% de álcool anidro (sem água), o que produz outro efeito bem diferente.

Portanto, seja abastecimento completo com álcool (em carro a gasolina) ou "rabo de galo", a verdade é que tanto em um, como no outro caso a idéia de benefício é apenas momentânea, até que você tenha que parar seu carro por um problema causado por um destes pequenos "truques"!
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Mensagempor luishenrique.sp » Ter Ago 21, 2007 1:09 pm

Só completando o raciocinio do Andre, já vi muitos carro que chegou a fura cabeça de pistão por causa destas conversões milagorasas!!!...Não caiam nessa besteira...Para virar um carro a Alcool a 1º a fazer desmontar o motor e trocar desde pistão, valvulas a ate mangueiras...Isso tirando a retifica para polir dutos...Então...ai vai de cada um...como o Andre disse, isto e uma coisa momentania...Depois vem o enorme prejuizo...E pelo amor de deu...Não façam Rabo-de-Galo no carro de vc´s...Não aguentam na gasolina...compre carro 1.0 pra baixo.
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Mensagempor henriqueTJ » Qua Ago 22, 2007 3:22 am

vixi..............dpois di ler td isso....

POE GASOLINA NELE!!!!!hehehehehehe
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Mensagempor luishenrique.sp » Qui Ago 23, 2007 1:22 am

henriqueTJ escreveu:vixi..............dpois di ler td isso....

POE GASOLINA NELE!!!!!hehehehehehe


RSRSRS, Boa escolha!!!...
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E o pior q é verdade...

Mensagempor rogerselan » Qui Ago 23, 2007 4:53 pm

Olha andei pesquisando na internet assuntos ligados a este e realmente a opinião é que nem a matematica - exata...
não tem o que por e nem o que tirar, o jeito é colocar gasolina tirar o pé do acelerador e manter a manutenção básica em ordem assim terá um custo x beneficio correto e justo sem ilusões e manterá as maquinas em dia e prontas pra tudo.
é isso aí pessoal.......................
valew......................................
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Mensagempor tonka » Ter Jan 29, 2008 7:33 pm

Carro movido a álcool???

"Você ainda vai empurrar um”!!!

:lol: :lol: :mrgreen:
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BI COMBUSTIVEL

Mensagempor CLAUDIO » Qui Abr 17, 2008 4:48 pm

Boa tarde senhores,

Eu andei atraz de colocar o tal modulo pesquisando e tal, realmente as empresas q instalam prometem horrores ... não contente procurei um fabricante e seu revendedor, o cara disse q o tal modulo simplesmente não funciona no carro, me explicando melhor no caso do meu ANO 1994, não existe no mercado um modulo compatível para a tecnologia utilizada na injeção do carro, não foi desenvolvida por existirem muito poucos nesse padrão, concluindo .... o jeito é continuar com gasolina mesmo...
Até porque o vendedor disse q se eu instalasse o aparelho eu não conseguiria nem chegar em casa... se vcs tiverem mais informações a respeito coloquem ai... blz?!!!!

Ahhhhhhh..... e dpois dos comentarios q li ai no forum eu desisti mesmo... não quero estragar meu carro tão querido por alguns reais a mais no bolso...

Abraço
CLAUDIO
 
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Conversão para álcool

Mensagempor Fernando » Sáb Abr 19, 2008 12:24 pm

Olá colegas...

Inicio hoje meus auxílios neste fórum a pedidos do seu fundador, que sempre é tão atencioso com os usuários da máquina R19.

Infelizmente estou com pouco tempo para auxiliar, mas na medida do possível, vou dar uns "pitacos" aqui.

A conversão para álcool merece algumas considerações. A primeira é o processo de oxidação causado pelo álcool. Para que haja oxidação é necessário "oxigênio" e o mesmo não está presente nas tubulações do veículo. Portanto, ela é nula, bem como a oxidação nos bicos injetores, pois dentro apenas o combustível está presente. Geralmente para o mercado nacional, os bicos já possuem preparos para suportarem os 25% de álcool adicionado a nossa "maravilhosa" gasolina, pois na sua parte externa o oxigênio está presente.

Já em relação ao tanque de combustível pode ocorrer algum problema. Geralmente os R19 possuem tanques de latão e que podem sofrer efeitos de oxidação, mas que podem ser compensados utilizando-se sempre pelo menos 10 litro de gasolina por tanque de álcool cheio.

Carros que apresentam problemas de excesso de temperatura na câmara de combustão, geralmente estão com excesso de injeção de combustível. Geralmente, para que o carro fique econômico o ideal é deixar a implementação de combustível de 18 a 21% de injeção "a mais que a original a gasolina".

A algum tempo, não existiam módulos externos para serem acoplados nos bicos injetores para veículos monoponto, porém, hoje eles já são realidade até comum. Estes módulos externos são a melhor opção, pois podem ser retirados do carro quando este for vendido e porque possuem chave para manter o carro a gasolina ou a álcool.

Estes módulos mantém a originalidade da unidade de comando, evitando que "mechânicos" façam asneiras no mesmo...

Outro item que merece atenção é a bomba de combustível. Deve ser trocada por uma a álcool (existem recondicionadas de ótima qualidade atualmente), pois as escovas (carvões) das bombas de gasolina não suportam o álcool. O material das bombas a gasolina sofrem oxidação, pois dentro do tanque obviamente o oxigênio está sempre presente.

Conversando com técnicos da Renault, eles informaram que a oxidação de um tanque de latão levaria pelo menos mais de 5 anos para apresentar algum desconforto, mas que isto é muito relativo, até porque eu mesmo utilizei álcool num R19 que tive por 5 anos e não notei significativas alterações na superfície do tanque.

Não esquecer do detalhe também de utilizar sempre velas de temperatura mais alta, índice 6 para cima e sempre resitivas.

No fringir dos ovos, a conversão apresenta mais benefícios do que malefícios, principalmente se o usuário do carro percorrer muitos quilômetros por mês. Colocando-se sempre um pouco de gasolina, o carro pega facilmente, mesmo no inverno e é dispensável inclusive o módulo injetor de gasolina para a partida a frio.

Boas conversões, apresentam bons resultados...muito melhor do que converter a gás, que por ser combustível seco, mantém a câmara de combustão muito mais quente do que o normal, porque o combustível líquido arrefece a mesma no ato da injeção.

Os combustíveis secos também, além de aquecimento exagerado, não lubrificam as paredes dos cilindros, causando danos acelerados nos anéis, pistões e bloco...danos são notados nas válvulas de escape do cabeçote, que acabam por não conseguir tolerar tanta temperatura excessiva, além da tolerância normal do projeto a gasolina.

Abraços e boa sorte
Mecânico e técnico eletrônico especializado em Renault
Fernando
 
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